Um funcionário da Administração Geral Tributária (AGT), foi detido este domingo, 23, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, pelo alegado envolvimento no escândalo financeiro dos sete mil milhões de kwanzas, que lesou o Estado angolano.
O desvio dos valores, ocorreu num esquema fraudulento de pagamentos por compensação, relativamente ao reembolso do IVA.
De acordo informações, o técnico da AGT, que viu a sua liberdade privada, na noite deste domingo, esteve no exterior do país, com passagem por Portugal e Dubai.
DETENÇÕES
Até ao momento, estão em prisão preventiva, um funcionário que trabalhava no Aeroporto Internacional 4 de fevereiro, em Luanda, exercendo as funções de Técnico Supervisor do Terminal de Carga; um empresário e Consultor na Empresa China Huashi Group ( H& S).
Aguardam de igual modo o julgamento, o Director do IVA, o Administrador para as Direcções do IVA, Planeamento Estratégico e Tecnologias de Informação, o Director de Cadastro e Arrecadação, o Chefe de Departamento do reembolso do IVA, o Chefe de Departamento de Arrecadação de Receitas e um Técnico de bases de dados.
Presumivelmente, estes funcionários da Administração Geral Tributária (AGT), aproveitarem-se dos sectores estratégicos em que desempenhavam as funções, para terem acesso ao sistema desta instituição e criarem caminhos fraudulentos, que permitiram desta feita, reembolsos ilegítimos de IVA e a redução ilegal de multas, com cerca de 1.500 operações realizadas ilegalmente.
Em volta deste processo, a ministra das Finanças garantiu que o governo vai continuar a trabalhar para combater os actos de corrupção e peculato.
“Gostaríamos também de nos desculpar junto dos contribuintes e aos cidadãos pelos actos lesivos praticados pelos agentes públicos contra a boa gestão do erário público”, avançou Vera Daves, recentemente no Parlamento angolano.
A responsável do Ministério das Finanças, assegurou que o governo vai continuar vigilante e adoptará medidas necessárias para que se evite, situações como as que aconteceram na AGT e espera que os implicados, sejam punidos, desde que se comprove o envolvimento nos crimes em que são acusados.