
NOVAS REVELAÇÕES
ESCÂNDALO FINANCEIRO NA AGT: UNITA DIZ QUE VALOR SUBTRAÍDO ESTÁ ACIMA DE 80 MIL MILHÕES DE KWANZAS
Os deputados do Grupo Parlamentar da UNITA, declaram ter informações que os 7 mil milhões de kwanzas, que terão sido subtraídos dos cofres do Estado, não corresponde a verdade e garante que os valores reais estão acima dos 80 mil milhões de kwanzas.Para tal, espera que a ministra das Finanças esteja no parlamento para esclarecer sobre o escândalo financeiro na AGT.
Os deputados da UNITA, afirmam que o valor desviado dos impostos por parte de funcionários da Administração Geral Tributária (AGT), cujo número de envolvidos está por se esclarecer, revela as debilidades e insegurança do sistema financeiro nacional, marcado pelo esquema de corrupção que afecta várias instituições nacionais.
"O facto de um dos funcionários da AGT ter sido detido no voo TAAG que fazia a rota Luanda-África do Sul, agrava a crise de confiança e de cultura de probidade dos gestores públicos e chama a atenção para que os órgãos competentes desenvolvam sérias e profundas investigações das ramificações do circuito de desvios do erário", apelou o Grupo Parlamentar da UNITA, no documento que chegou a Redacção do Ponto de Situação.
Os parlamentares, auguram que os resultados do trabalho em curso por parte dos órgãos de inteligência do Estado Angolano, sejam trago a superfície e os reais autores sejam responsabilizados, disciplinar, civil e criminalmente.
A UNITA, contraria os números oficiais que dão conta do desvio de 7 mil milhões de kwanzas, alegando ser até ao momento, acima dos 80 mil milhões de kwanzas.
Face ao contexto, este grupo parlamentar da oposição, na quinta-feira, 6 de fevereiro, solicitou audição parlamentar a ministra das Finanças, Vera Daves, para que possa esclarecer o caso que já levou a detenção de distintos funcionários da AGT e um empresário.
Para além do desvio dos impostos no caso 7 mil milhões de kwanzas, é pretensão da UNITA que Vera Daves, traga publicamente informações sobre o Sistema de Controlo Interno da Administração Geral Tributária (AGT) e o atraso no pagamento dos fundos de funcionamento das unidades hospitalares.
DETIDOS
Recordar que até ao momento, estão privados da liberdade, o Director do IVA, o Administrador para as Direcções do IVA, Planeamento Estratégico e Tecnologias de Informação, o Director de Cadastro e Arrecadação e o Chefe de Departamento do reembolso do IVA.
Estão ainda a espera do julgamento, para responder pelos crimes que pesam sobre si, o Chefe de Departamento de Arrecadação de Receitas, um Técnico de bases de dados da AGT e um empresário, presumivelmente por se aproveitarem dos sectores estratégicos em que desempenhavam as funções, para terem acesso ao sistema desta instituição e criarem caminhos fraudulentos, que permitiram desta feita, reembolsos ilegítimos de IVA e a redução ilegal de multas.
Redacção Ponto de Situação