NO BAIRRO CASSOLA MORADORES IDENTIFICAM CIDADÃO SUSPEITO DE LIDERAR REDE DE GARIMPO DE ÁGUA

Os habitantes do bairro Cassocola, província do Icolo e Bengo, revelam o  cidadão que lidera a rede de garimpo de água, neste território situado nas imediações do Zango 1, causando prejuízos aos demais, que enfrentam dificuldades para terem o acesso ao líquido precioso.

Por: Angelino katchama

Os moradores que vivem o problema algum tempo, relatam que se agravou há mais de dois anos e consideram viver dias difíceis, por conta da atitude de um dos vizinhos, que presumivelmente optou em desviar o líquido, para benefício próprio, em prejuízo da colectividade.

A nossa fonte referiu que o garimpo de água é um caso antigo, mas, muitos preferem manter-se em silêncio, ao invés de denunciarem as autoridades, com medo de retaliação, na eventualidade do acusado souber de quem passou a informação, por presumivelmente, no geral, terem a proteção de alguém.

A fonte, com a “garganta afiada” e muita firmeza no discurso, esclareceu que em 2018, a realidade não foi diferente, mas, actualmente agravou-se.

" Alguém está por trás deste garimpo”, declarou.

Para a fonte, não havia necessidade de terem dificuldades neste âmbito, mas, existe indivíduos que se aproveitaram para desviar o bem público, em benefício pessoal e vendem no valor de 8, 12 e 18 mil kwanzas, a depender da capacidade do tanque, de quem solicita.

“Se tiveres uma eletrobomba, consegues puxar directamente do canal da EPAL. Caso contrário”, em situação normal não chega na residência, revelou o interlocutor. De acordo ao que apuramos, foi desta forma, que alguns começaram a desviar água.

A cidadã de aparentemente 30 anos, sem gravar entrevista, com o rosto visivelmente agastado com a situação, lamentou, quando questionada sobre o garimpo de água, no bairro Cassocola, por sentir na pele as consequências, da acção de um dos cidadãos, que a acusa de “egoísta”.

Os residentes, que afirmam enfrentar dias crucias, lamentam amargamente pelo problema, que desconhecem a solução para breve, por alegarem que o assunto é do domínio da polícia local e lançam gritos de socorro para reversão do quadro.

" Nós não podemos fazer nada". Estas são as palavras, de quem teme por dias complicados.

A nossa equipa de reportagem deslocou-se, na sexta-feira, 21 de março, até ao Zango1, propriamente na primeira paragem, local onde mora um dos cidadãos, acusado de estar a liderar a rede de garimpo de água, para obtermos o contraditório.

Em casa do suspeito, depois de sermos recebidos, deixou-nos em espera, das 10h00  até as 16h30 minutos, e sem êxito.

O tempo como mestre das circunstâncias, indicava que havia esperança de termos o contraditório, mas já havia sucumbido.

De referir que as denúncias chegam numa altura em que este sábado, 22, comemora-se o dia internacional da água, uma data instituída com objectivo de se dar atenção para a importância da água doce e defender a gestão sustentável dos recursos hídricos.

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