FEDERAÇÃO SUSPENDE CAMPEÃ OLÍMPICA ATÉ APRESENTAÇÃO DE TESTES QUE COMPROVEM SER MULHER

A campeã olímpica de Paris 2024, Imane Khelif, foi suspensa pela Federação Internacional de Boxe por suspeitas de que possa não ser mulher. Para tal, está a ser exigida a realização de testes que comprovem o contrário.

A World Boxing, organismo internacional que supervisiona a modalidade, declarou que irá realizar testes de género de forma obrigatória, com o intuito de garantir que todas as competidoras se enquadram nas normas exigidas para os eventos femininos. A decisão surge após o aumento de suspeitas de que algumas atletas se fazem passar por mulheres.

Os próximos Jogos Olímpicos, marcados para 2028, estão a ser encarados como uma edição marcada por várias mudanças. Entre elas destaca-se a implementação da medida "Sexo, Idade e Peso", anunciada pela organização na passada sexta-feira, 30 de Maio.

No caso específico da pugilista argelina Imane Khelif, os questionamentos sobre a sua identidade de género começaram a ganhar força durante os Jogos Olímpicos de Paris, realizados no ano passado, onde se sagrou vencedora. Nessa competição, uma das adversárias chegou a desistir durante o combate, alegando que Khelif não seria mulher, face à força demonstrada no ringue.

As polémicas em torno da atleta remontam ainda a 2023, aquando do Campeonato Mundial de Boxe Feminino, realizado em Nova Deli, onde Khelif viu o seu sonho de se tornar campeã ser adiado pelos mesmos motivos. Na altura, foi desqualificada na final pela Associação Internacional de Boxe (IBA).

Segundo relatos, um teste de ADN indicou a presença de cromossomas XY, o que, de acordo com os regulamentos da IBA, é incompatível com a elegibilidade para competir nas categorias femininas.

A World Boxing já notificou oficialmente a Federação Argelina de Boxe, comunicando que, caso Imane Khelif deseje continuar a competir, deverá submeter-se a um teste de género antes da Copa do Mundo, a ser disputada em Eindhoven, na Holanda, de 5 a 10 de Junho.

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