Jornadas Científicas

ACTUAL CENÁRIO DA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA EM ANGOLA

O Vice-Presidente para Área Científica do Instituto Superior Politécnico Alvorecer da Juventude (ISPAJ), Eurico Ngunga disse esta quarta-feira,14, em Luanda, que a instituição está a trabalhar com o público docente e estudantil, no sentido de primar pela qualidade das obras Científicas em Angola.

Por: Angelino Katchama 

No primeiro dia da IX edição das Jornadas Científicas do ISPAJ, que decorre de 14 a 15 de Maio, Joelma Forquilha, Gestora de Projectos, considerou que a actividade serve de aprendizagem, mas garantiu que em Angola, ainda existem poucos Artigos Científicos produzidos e publicados.

“O nosso país, por estar em via de desenvolvimento, ainda falta muito por ser feito, porém, sobre os artigos já publicados temos na verdade bastante qualidade, por isso, deve-se continuar a trabalhar e melhorar o trabalho”, garantiu.

 No entanto, a Gestora de Projecto defendeu que o mercado angolano, necessita de vários especialistas para os sectores da saúde, finanças, gestão, administração e outras especialidades, para tal desafia as instituições apostarem na melhoria da qualidade de ensino e augura que haja maior investimento para que se alcançasse os resultados almejados.  

“É importante que haja mais fomento para capacitar futuros cientistas”, acresceu.

O Vice-Presidente para Área Científica do ISPAJ, Eurico Ngunga defendeu que as Jornadas Científicas que decorrem na instituição até ao final desta quinta-feira, 15, visam promover a produção de conhecimentos e valorizar a investigação como um factor determinante para o desenvolvimento do país.

 Eurico Ngunga avançou que a instituição pretende com este evento, mostrar o resultado do trabalho que tem sido feito no âmbito da produção científica.

 “É uma oportunidade que abraçamos em trazer uma série de especialistas, cientistas, académicos, investigadores por excelência e a comunidade académica em geral, para apresentarmos e discutirmos em mesas redondas, palestras e conferências, aquilo que são os desígnios da ciência”, e espera que os resultados tragam desenvolvimento social, económico, humano e outros benefícios para a sociedade angolana. 

Sobre a investigação científica no país, garante ser desafiador, pelo facto de estar numa fase embrionária e certifica que há muito a ser feito, para que se atinja o nível almejado, onde o foco principal deve ser o investimento em recursos financeiros e materiais, bem como, em quadros qualificados. 

Olhando para o contexto externo, esclareceu que os países desenvolvidos atingiram este nível porque os seus governos investiram maciçamente neste sector e prosseguem com a mesma dinámica.

O académico recomendou aos jovens a seguirem o caminho da investigação científica, para tal devem apostar na formação permanente, procurar instituições qualificadas onde possam aprofundar os conhecimentos, para serem orientados sobre os passos a seguir para que sejam bons investigadores. 

O especialista em Genecologia, de nacionalidade Cubana, Roberto Lardoeyt Ferrer, um dos participantes das Jornadas Científicas do ISPAJ, disse que a Investigação Científica constitui uma força produtiva de uma sociedade, mas alerta que estes conhecimentos devem ser validados por métodos cientificamente comprovados. 

Por outro lado, o especialista chamou atenção aos angolanos “que temos que aprender à aprender e a desaprender”. 

“Tem sido difícil desaprender aquilo que foi mal aprendido e a Metodologia de Investigação Científica, é um ramo do saber que está em constante mudança, com tendências actualizadas”, esclareceu o  médico Roberto Lardoeyt Ferrer. 

Em declarações ao Portal Ponto de Situação, exemplificou o progresso da Inteligência Artificial, que tem sido também aplicada no campo da Metodologia de Investigação Científica, por isso, defendeu que o professor  deve conhecer os aplicativos para fazer pesquisa científica e outros que vão contribuir na formação dos estudantes.

Roberto Lardoeyt Ferrerk apelou aos jovens que a formação permanente é o caminho ideal para a concretização de um futuro brilhante e os conhecimentos adquiridos, devem ser aplicados para o desenvolvimento do país. 

 A actividade contou com vários participantes, maioritariamente jovens, que deram contribuições em torno de vários assuntos abordados, com o realce para o actual cenário da investigação Científica no país.

As Jornadas Científicas do ISPAJ, decorrem sob lema: “Angola, 50 anos de Independência: Valor Transformador da Ciência e Inovação”.      

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Redacção Ponto de Situação

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