Rio de Janeiro e São Paulo

 ESCOLAS REJEITAM CRIANÇAS AUTISTAS

Em carregados de educação, protestam paralisação de matrículas de crianças e adolescentes autistas, nas escolas especializadas do Rio de Janeiro e em São Paulo,  no Brasil.

Uma mãe de uma criança autista contou que, ao tentar realizar a matrícula do filho, foi informada de que não havia mais vagas disponíveis.

"Fui conversar com a pedagoga, e ela me disse que já havia uma média de duas crianças com deficiência por turma e que, se colocasse uma terceira, isso atrapalharia o aprendizado das demais", relatou.

A mãe contou que procurou tanto escolas públicas quanto privadas, com filosofias mais ou menos tradicionais, mas sempre enfrentava barreiras ao mencionar a condição do filho.

"Devolveram a matrícula assim que souberam do diagnóstico", relatou outra mãe, acrescentando que a instituição teria informado não dispor de recursos nem de funcionários suficientes para atender seu filho autista.

Dados indicam que algumas famílias pediram o sigilo de suas identidades e dos nomes das escolas envolvidas, por receio de novos constrangimentos, diante de uma situação que já é, por si só, bastante desafiadora.

Outras famílias, como a da consultora financeira Juliana Ghetti, autorizaram a divulgação de seus nomes. Juliana é mãe de João, de 6 anos, um autista não verbal,  o que significa que ele tem dificuldade em se comunicar por meio da fala.

Juliana relata ter estranhado a postura da escola Mackenzie, em São Paulo, ao marcar uma reunião online com a família após ela e o marido já terem visitado o colégio presencialmente. Segundo Juliana, o encontro virtual só foi agendado depois que comunicou à instituição que o filho é autista.

"Durou mais de uma hora a reunião para, no fim, eles me dizerem que naquele momento não havia vaga", revelou Juliana.

A interlocutora, disse que a instituição fez menção como justificativa que o limite de crianças autistas numa turma são somente três.

Diante da recusa, Juliana denunciou a recusa ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) em 2022 e outras famílias seguiram o mesmo caminho.

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Redacção Ponto de Situação

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