Responsável do sector da educação promete subsídios para as jovens

TAXA DE ABANDONO POR PARTE DAS MULHERES NOS CURSOS TÉCNICO-PROFISSIONAIS É DE 35 POR CENTO DEFENDE MINISTRA

A ministra da Educação Luísa Grilo disse esta semana, estar preocupada com a taxa de abandono por parte das mulheres, sobretudo jovens, nos cursos técnico-profissionais, numa percentagem de 35 por cento, a nível nacional.

Durante a sua participação na 18ª edição do CAFÉCIPRA, realizada esta quarta-feira, 16, em Luanda, Luísa Grilo, esclareceu existir três subsistemas em Angola, que atendem a população jovem: o subsistema do ensino geral (particularmente o ensino secundário, 2º ciclo), o ensino técnico-profissional (virado para os jovens), e o secundário pedagógico (que também atende as necessidades de formação para a juventude).

‘‘No compito geral do ensino secundário, nós acolhemos 950 mil jovens, nos diversos cursos que oferecemos’’, explicou a ministra.

Durante o diálogo com a juventude, Luísa Grilo explicou que o grande problema em não atender mais jovens no sistema de educação formal, tem a ver com a falta de infraestruturas suficientes para albergar esta franja da sociedade, visto que são a maioria.

Acrescentou ainda que para o ensino técnico-profissional que é o mais procurado, há cerca de 200 mil estudantes nas várias áreas, afirmando ter um grande desafio com as raparigas, que dificilmente optam por cursos do ramo industrial e agrário, por razões que desconhece.

‘‘Mas do estudo que fizemos, e só para termos noção a taxa de abandono por parte delas é de 35%’’, apontou.

Luísa Grilo, comparou com o subsistema pedagógico, onde a selecção é mais rigorosa do que no ensino técnico-profissional, e as taxas de abandono entre raparigas e rapazes é inferior a 5%.

Segundo a ministra da Educação, o meio rural é um grande desafio, pois nestas localidades não há oferta de cursos técnico-profissionais, ‘‘é lá onde temos nos focado” para a sua implementação.

‘‘Para o caso de pessoas que vivem distante dos centros de formação, temos alguns que funcionam como internato. É o caso do Instituto Agrário, presente em 12 províncias e todos bem equipados’’, disse Luísa Grilo.

Como incentivo, a ministra prometeu  que haverá bolsas para as raparigas que decidirem fazer o curso agrário, e para combater a taxa de abandono no ensino secundário e sobretudo no ensino geral, o ministério pretende atribuir um subsídio financeiro para as jovens que se matricularem na 7ª e até a 9ª não desistirem.

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Redacção Ponto de Situação

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