Opinião

UM ATAQUE A MIM MESMO

Por: MCassange

Havia um Jovem chamado Carlos, mas era comumente lhe chamar de Kota Carlito. Ele trabalhou durante 20 anos como taxista e teve a oportunidade de conduzir todo tipo de viaturas que serve para táxi de passageiros. Na sua mocidade, sem ter a capacidade de conter as suas emoções se deixou levar pela má vida e inclusive comia quatro funge, ou seja, tinha quatro mulheres e a cada uma delas fez três filhos: no total é pai de doze filhos.

Kota Carlito como era chamado na banda, até os agentes reguladores de trânsito o conheciam. Tinha sempre um sobrinho que lhe dera directrizes para o progresso da vida, mas o Kota só falava Cassule fica calmo.

Um dos dias o Kota levou um passageiro muito bem simpático, que pela bondade do Kota Carlito o mesmo não pagou o táxi. Naquele mesmo momento trocaram os contactos. Passaram dois meses e o passageiro ligou-lhe perguntando se gostaria de ser militar, Kota Carlito como gostava de dinheiro diário se apressou em dizer que não gosta de receber mensalidade. Duas semanas depois o militar voltou a ligar, mas já as 20h do jantar, Kota Carlito atende e colocou em viva voz porque estavam todos na mesa a jantar, mas o pedido era o mesmo, a esposa se prontificou e de seguida o primogênito deles também e aí se preparou a documentação para o mesmo.

16 anos depois chegou uma altura que o Kota preferiu desabafar todo seu problema que passara durante a sua mocidade e até agora completa a idade de adulto, desde a primeira relação até a quarta.

Em 2025 um novo passageiro depois de lhe ouvir perguntou-lhe o que ele ganhou no táxi e ele respondeu que apenas ganhou ilusões que lhe fez ter os doze filhos porque nada de melhor ele tem.

As viaturas que ele conduz  são sempre do patrão, praticamente ele somente trabalha para o patrão e suas três mulheres porque a outra que é a primeira trabalha na função pública e muitas vezes tem lhe ajudado em suportar algumas despesas para casa das outras três mulheres. Na verdade, o Kota só está a trabalhar para garantir o fogão aceso.

Um dia desafiante cai uma grande chuva e havia muita gente nas paragens para levar, como hábito de muitos profissionais de táxi carregaram, mas a condição era fazer vias curtas. Como a chuva não parava, uma parte da via onde trabalhava desabou e os passageiros não queriam descer porque alegavam que aí não era o seu destino. Kota Carlito não queria devolver os valores decidiu continuar até que a viatura desliza-se e embate entre os separadores de betão e os três pneus estouram.

Com base nisso, o Kota pensou em desistir dessa profissão e decidiu partir para outra linha de negócios. Agora ele vende peixe seco e faz viagens interprovinciais, tem uma gráfica, uma farmácia e uma padaria. O Kota agora acredita que com qualquer idade se pode investir ou mudar de vida.

“Hoje eu tornei-me um pequeno empresário porque fiz um ataque a mim mesmo. Já não preciso que a minha primeira mulher e o meu primeiro filho sustentam os meus problemas porque agora faço e o compro o que eu quiser,” disse o Kota.

Ainda assim aconselho a todos fazer um ataque a si mesmo de modo a não ser um escravo experiente de 15 ou mais anos duma profissional que não lhe ajuda a crescer.

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Redacção Ponto de Situação

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