ENDOMETRIOSE PODE CAUSAR INFERTILIDADE E CANCER DO OVÁRIO

O Dia Internacional da Luta Contra a Endometriose, visa levar informações sobre a doença, incentivando mulheres a fazer consultas de rotina, para um diagnóstico precoce, e desta forma prevenir-se contra a infertilidade e o risco de câncer do ovário.

O Dia Internacional de Luta Contra a Endometriose, celebrado em 7 de Maio, visa conscientizar a população sobre essa condição que afecta milhões de mulheres em todo o mundo. 

Classificada como uma doença crônica, na endometriose o endométrio, tecido que reveste o útero, cresce fora do órgão, causando dores intensas e até mesmo infertilidade. 

Contudo, essa condição pode ser tratada, evitando problemas na reprodução. Primeiros sinais da endometrios.

O útero é um órgão revestido por um tecido que ganha o nome de endométrio. 

Afectado por hormônios, o tecido pode engrossar sua espessura e ser expelido para fora do corpo da mulher de acordo com o ciclo menstrual.

 Além disso, o endométrio é o responsável por permitir a deposição do óvulo no útero para sua fecundação. 

Contudo, ao desenvolver-se fora do órgão, o tecido provoca alterações, e recebe o nome de endometriose. Isso pode ocorrer em regiões de cavidade abdominal, bexiga, ovários, trompas e outros locais do corpo.

Ainda que esteja fora do útero, o tecido é estimulado a crescer e, durante a menstruação, descama junto ao endométrio uterino, causando cólicas, desconforto e, com o passar do tempo, dificuldades para uma gestação. 

Da mesma forma, a doença aumenta o risco de câncer de ovário. 

Primeiros sinais e sintomas da doença são:Cólica intensa, mesmo que não esteja no período menstrual, menstruação irregular, inchaço abdominal, intestino preso ou solto demais, dores durante e após o sexo, dores para urinar e evacuar, dificuldade para engravidar.

Causas da endometriose

Estabelecer as causas da endometriose é uma tarefa difícil. 

Entretanto, parte do distúrbio pode ocorrer devido a menstruação retrógrada, quadro em que pequenas quantidades de sangue podem voltar pelo canal vaginal, alojando-se em locais que não deveriam. 

Essa ação é resultado do estímulo constante de estrogênio, hormônio que provoca aumento do endométrio e seu sangramento mensalmente. 

De modo geral, a endometriose é diagnosticada após os 20 anos.

 Entretanto, o crescimento do tecido fora do útero pode iniciar-se antes mesmo da menarca (primeira menstruação). 

Como é o diagnóstico de endometriose?Inicialmente, o diagnóstico da endometriose ocorre por meio de exame clínico, físico e ginecológico, além do histórico médico da paciente. 

Após as suspeitas, confirma-se o quadro por meio de exames de diagnóstico por imagem.

 Entre eles, estão o ultrassom pélvico, ultrassom vaginal, mapeamento da endometriose, videolaparoscopia e ressonância magnética.

Além disso, pode ser necessária a biópsia e identificação de células endometriais por avaliação citológica.

 Da mesma forma, o exame de sangue pode auxiliar no diagnóstico, ainda que não seja um marcador específico.

 Quando a suspeita de endometriose é em região intestinal, realiza-se o exame de ultrassom transvaginal com preparo intestinal, visando detectar lesões.

Ainda que a endometriose seja uma doença que pode ser tratada, melhorando a qualidade de vida e saúde reprodutiva da mulher, são muitos os casos. Por isso, datas como o Dia Internacional de Luta Contra a Endometriose são essenciais, afinal, contribuem levando informações sobre sintomas, formas de diagnóstico e tratamento adequado.