
Entre o desejo e a meta
JOVENS COM SONHOS TRAVADOS LUTAM PARA ESCREVER MAIS UMA PÁGINA NO LIVRO DA VIDA
- por Redacção --
- Friday, 16 May, 2025
Os cidadãos em Luanda, maioritariamente jovens, dizem encontrar barreiras que os impedem de concretizar os seus sonhos, devido a falta de condições financeiras e de oportunidades.
Por: Angelino Katchama
Cada cidadão, tem um sonho, muitos concretizados e outros por serem alcançados. Em alguns casos, alguns desistem mais cedo tendo em conta as barreiras encontradas ao longo do trajecto.
Nesta senda, nas primeiras horas desta quinta-feira,15, a equipa de reportagem do “Ponto de Situação” saiu para alguns pontos da cidade capital, a fim de questionar a população sobre as principais causas que impedem as pessoas de alcançarem os seus desejos.
A respeito desta pergunta de partida, obtivemos várias respostas. Para os que têm pouca paciência, desistem logo em função da morosidade para a concretização do sonho. Outros entrevistados argumentam que a falta de condições financeiras e ausência de incentivo por parte de familiares e outras pessoas próximas, acabam por levá-los a resignar o que tanto almejam.
Para Ernesto Finahengombe, de 32 anos, proveniente da província da Huíla, município do Kibongo, bairro da Mavinda, o seu sonho sempre foi ser motorista “camionista”, no entanto, por força das vicissitudes, vê o sonho a ser constantemente adiado.
Residente desde 2019 na zona do Golf 2, em Luanda, trabalha como segurança há 4 anos. Conta que em 2016, solicitou ajuda dos familiares, quando vivia na altura, na sua terra natal (Huíla), mas, não teve resultado satisfatório.
Foi assim, que no dia 20 de janeiro de 2019, chegou a província de Luanda, propriamente no Golf 2, a procura de melhores condições de vida. Porém, as dificuldades financeiras falaram mais alto, e colocaram-lhe, longe da realização do desejado preconizado (ser motorista).
Afonso Mato defende que o maior impedimento para o seu sonho se tornar em uma realidade, consiste no baixo salário que aufere.
“Eu gostaria de ter a minha empresa”, contou o seu anseio.
Segundo Mato, já não há esperança para realizar o sonho, depois de ser burlado 50 mil kwanzas, em 2015 pelo primo, valor que era destinado a formação de Técnicas de Venda, e contou que o sonho foi enterrado, sem saber o que fazer para “desenterrá-lo”.
Patrícia Rosa Correio, de 25 anos, residente do Golf 2, tem o sonho de ser empresária, mas, por não ter ajuda e nem possibilidades não consegue realizar.
A mesma pretende destacar-se na venda de roupas diversas, mas, desejo e a realidade, disse estarem a caminhar em sentidos opostos e tenciona voltar a estudar, para ser uma Gestora de Empresas.
Patrícia Rosa Correio declarou que saiu da casa dos pais muito cedo, para viver com o marido, actualmente separados, mas por falta de entendimento entre ambos, a rotura dos laços que os unia foi a opção encontrada.
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Redacção Ponto de Situação