Cidadã reprova quem se prostitui

VENDA DE OVOS SALVA DIGNIDADE E ENGORDA ESPERAÇA DE UMA MULHER

Fátima Bernardo, vendedora de ovos em Luanda, reprova as mulheres que recorrem à prostituição por falta de condições financeiras e afirma que luta arduamente para alcançar os seus objectivos.

Por: Angelino Katchama

Imagem: Esmeralda Gomes

Numa altura em que a necessidade afecta várias famílias e a falta de emprego é apontada como uma das principais preocupações dos jovens em Angola, moradores das proximidades do mercado da Madeira, no Gamek, município da Maianga, afirmam que cresce o número de mulheres que se entregam a homens em troca de bens materiais.

Fátima Bernardo Tumbuca, estudante universitária do 3º ano de Gestão Financeira e vendedora de ovos, considera negativo o comportamento de mulheres que optam por conseguir dinheiro por meios que ela considera indignos.

Tumbuca reconhece que há necessidade, mas não justifica esse tipo de comportamento e defende que as mulheres devem se esforçar para superar as dificuldades.

Fátima Tumbuca afirmou: “As coisas fáceis não são boas. A prostituição é um ato condenável perante a sociedade. Cada um deve viver do próprio trabalho. Embora algumas pessoas considerem a prostituição um trabalho digno, eu a reprovo”, acrescentou.

A estudante assegurou que o imediatismo é uma das razões que levam algumas jovens à prostituição. No entanto, afirmou que aquelas que  recorrem a essa prática o fazem por falta de vontade, e não por falta de possibilidade.

“Eu vendo ovos há muito tempo e pago minhas contas com esse dinheiro. Meu ganho diário é de 2.500 kwanzas por cartão”, revelou.

Fátima alerta as mulheres a abraçarem o mundo do empreendedorismo, pois a prostituição não traz benefícios.

“Difícil é o cansaço e as dívidas que, muitas vezes, afundam o negócio. Eu comecei a vender na bancada. Naquela época, era gelado”, contou. Depois, passou a vender ovos e garantiu que se sente bem por exercer um trabalho digno.

Ângela Miguel, estudante do 2º ano de Gestão Bancária e Seguros, afirmou que considera repugnante a atitude de certas mulheres que mergulham no mundo da prostituição.

“Considero esse um pensamento errado, mas também é preciso levar em conta que muitas tentaram abraçar o mundo do empreendedorismo e não conseguiram por falta de oportunidade. Não significa que o caminho que elas escolheram seja o correcto. Não devemos desistir facilmente”, ponderou a estudante e alertou que existem várias formas dignas de se ganhar dinheiro.

 Métodos de evitar  a prostituição

A empreendedora Ângela Miguel afirmou que uma das formas fundamentais de reduzir o alto índice de prostituição é incentivar os cidadãos a aprenderem a empreender.
“As pessoas devem entender que empreender não é apenas chegar e vender; é necessário ter um alto domínio do negócio”, alertou, aconselhando as mulheres a fazerem cursos relacionados ao sector.

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Redacção Ponto de Situação

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