
Cidadã reprova quem se prostitui
VENDA DE OVOS SALVA DIGNIDADE E ENGORDA ESPERAÇA DE UMA MULHER
- por Redacção --
- Wednesday, 28 May, 2025
Fátima Bernardo, vendedora de ovos em Luanda, reprova as mulheres que recorrem à prostituição por falta de condições financeiras e afirma que luta arduamente para alcançar os seus objectivos.
Por: Angelino Katchama
Imagem: Esmeralda Gomes
Numa altura em que a necessidade afecta várias famílias e a falta de emprego é apontada como uma das principais preocupações dos jovens em Angola, moradores das proximidades do mercado da Madeira, no Gamek, município da Maianga, afirmam que cresce o número de mulheres que se entregam a homens em troca de bens materiais.
Fátima Bernardo Tumbuca, estudante universitária do 3º ano de Gestão Financeira e vendedora de ovos, considera negativo o comportamento de mulheres que optam por conseguir dinheiro por meios que ela considera indignos.
Tumbuca reconhece que há necessidade, mas não justifica esse tipo de comportamento e defende que as mulheres devem se esforçar para superar as dificuldades.
Fátima Tumbuca afirmou: “As coisas fáceis não são boas. A prostituição é um ato condenável perante a sociedade. Cada um deve viver do próprio trabalho. Embora algumas pessoas considerem a prostituição um trabalho digno, eu a reprovo”, acrescentou.
A estudante assegurou que o imediatismo é uma das razões que levam algumas jovens à prostituição. No entanto, afirmou que aquelas que recorrem a essa prática o fazem por falta de vontade, e não por falta de possibilidade.
Fátima alerta as mulheres a abraçarem o mundo do empreendedorismo, pois a prostituição não traz benefícios.
“Difícil é o cansaço e as dívidas que, muitas vezes, afundam o negócio. Eu comecei a vender na bancada. Naquela época, era gelado”, contou. Depois, passou a vender ovos e garantiu que se sente bem por exercer um trabalho digno.
Ângela Miguel, estudante do 2º ano de Gestão Bancária e Seguros, afirmou que considera repugnante a atitude de certas mulheres que mergulham no mundo da prostituição.
Métodos de evitar a prostituição
A empreendedora Ângela Miguel afirmou que uma das formas fundamentais de reduzir o alto índice de prostituição é incentivar os cidadãos a aprenderem a empreender.
“As pessoas devem entender que empreender não é apenas chegar e vender; é necessário ter um alto domínio do negócio”, alertou, aconselhando as mulheres a fazerem cursos relacionados ao sector.
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Redacção Ponto de Situação