Criminalidade em Benguela

JOVEM DE 23 ANOS MORTO A FACADAS NA VIA PÚBLICA

Um cidadão de 23 anos, em Benguela, perdeu a vida após sofrer duas facadas na região do pescoço, desferidas por marginais durante um assalto na via pública.

Por: Angelino Katchama

Imagem: PS

Segundo o relato do irmão, o malogrado, que em vida se chamava Rufino Alberto Cacuio,  também tratado carinhosamente por Vladimiro, concluiu recentemente a formação média em enfermagem.

Informações prestadas na manhã desta segunda-feira, 2, ao Ponto de Situação pelos familiares esclarecem que tudo aconteceu quando o malogrado se dirigia à paragem no bairro Calomanga, no município de Benguela.

“Eram cerca das 19h00 quando o meu irmão Rufino foi surpreendido por dois marginais que lhe tentaram roubar o telemóvel, tendo-se seguido uma luta na via pública. Um dos ladrões, munido de uma faca, desferiu dois golpes no pescoço. Ele não aguentou e caiu. De seguida, um vizinho chamou-nos e levámo-lo ao hospital, onde acabou por falecer”, disse o irmão do malogrado.

Segundo informações de familiares, o malogrado tencionava visitar um amigo que há vários anos não via. Foi aí que encontrou a morte.

O irmão, identificado como Anier Moço, recorda os bons momentos vividos com Rufino e descreve as suas qualidades, caracterizando-o como um “bom rapaz, estudante, que gostava de ouvir música, jogar futebol e frequentar a igreja. Ele estava à espera de uma oportunidade de trabalho. Perdemos um grande irmão, um quadro que teria muito para dar ao país”.

A vítima era o terceiro filho entre vários irmãos. Os familiares clamam, amargamente, por justiça.

“Gostaria que alguém nos ajudasse com um advogado para resolver este caso. Queremos justiça. Eu sou o irmão mais velho e estou muito chocado; a família também está muito triste, principalmente a mãe”, apelou Anier Moço.

Os presumíveis ladrões já se encontram a contas com a justiça, mas a família de Rufino diz não confiar nas autoridades e garante que podem ser soltos a qualquer momento, por ser um caso recorrente nesta província.

“Estes meliantes nas cadeias entram e saem, entram e saem, cometendo os mesmos crimes, porque não é a primeira vez. Estão detidos, mas a qualquer momento estarão soltos. Este é o nosso medo: que façam algo pior”, lamentou o irmão.

A família conta que as despesas do óbito estão a ser suportadas por eles próprios e que os familiares dos alegados criminosos não os estão a apoiar, devido à tristeza dos parentes.

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Redacção Ponto de Situação

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