Posição do pai não inibiu os agressores

FILHA DO PRIMEIRO MINISTRO FRANCÊS ENTRE AS VÍTIMAS DE ABUSOS NUMA ESCOLA CATÓLICA

A filha mais velha do primeiro ministro de França, François Bayrou disse estar entre as vítimas que sofreu abusos físicos e sexuais, por parte de funcionários do internato católico Notre-Dame de Bétharram, incluindo sacerdotes.

Ainda menor, com 14 anos, actualmente com 53 anos, Hélène Perlant pela primeira vez, veio a público desvendar alegados abusos que terá sofrido, nesta instituição, período em que o pai desempenhava as funções de ministro da Educação.  

Hélène Perlant está entre centenas de antigos alunos, que recentemente efectuaram queixa as autoridades, com relatos de agressão física ou sexual, ocorrido entre o período de 1957 a 2004.

Destes casos, 90 queixas estão relacionadas a violência sexual, incluindo uma presumível violação colectiva cometida por dois padres.

Segundo a denunciante, tudo aconteceu, quando ela e os colegas, estavam a organizar sacos-coma. Na altura, foram surpreendidos supostamente pelo padre, que a segurou “pelos cabelos”, arrastou-a pelo chão durante vários metros, ao ponto de agredi-la com pontapés em várias partes do corpo, com realce ao estômago.

"Urinei e fiquei assim a noite toda, húmida e enrolada como uma bola no meu saco-cama", recordou alegada acção do padre identificado por  Lartiguet.

"Mantive-me em silêncio durante 30 anos", sem que no mínimo contasse o episódio ao pai. Alegadamente, talvez de forma inconsciente, pretendia proteger a figura paterna de supostos ataques políticos, dos adversários.

O primeiro ministro de França, François Bayrou foi acusado de ter conhecimento, mas nega-se categoricamente, caso contrário, teria trabalhado neste processo, respondeu à imprensa.

O actual primeiro ministro, desde Dezembro do ano passado, reforça nunca ter sido informado e sente-se chocado, na qualidade de pai e de governante. O político promete prestar todo o apoio as vítimas.  

Nesta altura, decorre um inquérito para se obter informações, se o político tinha conhecimento e a 14 de Maio, vai ser ouvido no parlamento sobre os casos de violência nas escolas do país.

 

Redacção Ponto de Situação

comentário como:

comentário (0)