Ajuda humanitária

ESCALADA DE CONFLITOS AGRAVA A INSEGURANÇA ALIMENTAR NA RDC

A agência de assistência alimentar das Nações Unidas (PAM) afirmou que o aumento dos conflitos na República Democrática do Congo está a agravar a insegurança alimentar naquele território africano.

O leste da RDC está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo exército há mais de 30 anos. A ausência de subsistências estáveis levou milhares de pessoas abandonar as suas residências.

“À medida que mais pessoas são forçadas a fugir das suas casas na República Democrática do Congo, a insegurança alimentar está a agravar-se, gerando maiores necessidades humanitárias a nível regional”, afirmou o PAM.

De acordo com a agência, a intensificação de violência no país está a gravar a falta de acesso regular a alimentos nutritivos e seguros, em quantidade e qualidade, tanto em território congolês como nalguns países vizinhos.

Após a redobramento de combates entre o governo e o grupo rebelde M23, regista-se um aumento de fome no país, colheitas são perdidas, os preços dos alimentos disparam e milhões de pessoas são submetidas a condições de vulnerabilidade, segundo

O Director do PAM para a África Oriental e Austral, Eric Perdison destacou que na cidade de Goma, onde desde o início do ano o conflito fez com que os bancos e as escolas fechassem, os agricultores ficaram impedidos de plantar e dispararam os preços dos produtos básicos.

Actualmente, mais de 28 milhões de pessoas enfrentam fome severa na RDC, sendo que quase 7,9 milhões de pessoas encaram fome aguda no Leste, o maior número registado no país, segundo o último relatório da Organização das Nações Unidas.

A agência proveu entre janeiro e março alimentos vitais e assistência financeira a 1,1 milhões, só nas províncias do Leste do país. Também apoiou mais de 80 mil refugiados no Burndi, 130 mil pessoas no Ruanda, 630 mil deslocados no Uganda e quase 186 mil residentes abrigados na Tanzânia.

Entre os grupos mais afetados estão as mulheres, crianças e idosos, pois são mais dependentes da ajuda alimentar e encaram maiores riscos nos campos de deslocados que estão “sobrelotados e com poucos recursos”, afirmou o PAM.

Existem actualmente, mais de 100 grupos armados a operar no leste da RDC.

Redacção Ponto de Situação

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