
Líder da igreja Católica morreu esta segunda-feira
DEPOIS DO ANÚNCIO DA MORTE: VATICANO RETIRA FOTO DO PAPA DA PÁGINA INICIAL DO SITE
- por Redacção --
- Monday, 21 Apr, 2025
A imagem do Papa Francisco, já não se encontra na página principal do site oficial do Vaticano, removida horas depois de ser anunciado a sua morte, esta segunda-feira, 21.
"A Sé Apostólica está vaga", é a frase que o Vaticano publicou, no site, para subsistir a imagem e o nome do líder da Igreja Católica, que partiu para a eternidade aos 88 anos.
O líder da Igreja Católica desde 2013, nasceu na Argentina, sendo considerado o primeiro papa não europeu em mais de 1200 anos.
Nesta altura, há 135 cardeais com menos de 80 anos, que podem participar do conclave, cujo processo de selecção.
Biografia do Papa Francisco
Jorge Mario Bergoglio, Nasceu na capital argentina no dia 17 de Dezembro de 1936, filho de emigrantes piemonteses: o seu pai Mário trabalhava como contabilista no caminho de ferro; e a sua mãe Regina Sivori ocupava-se da casa e da educação dos cinco filhos.
Diplomou-se como técnico químico, e depois escolheu o caminho do sacerdócio, entrando no seminário diocesano de Villa Devoto, em 1958 como noviciado da Companhia de Jesus.
A 13 de Dezembro de 1969 foi ordenado sacerdote pelo arcebispo D. Ramón José Castellano. De 1970 a 1971 deu continuidade à sua preparação em Alcalá de Henares, na Espanha, e a 22 de Abril de 1973 emitiu a profissão perpétua nos jesuítas. Regressou à Argentina, onde foi mestre de noviços na Villa Barilari em San Miguel, professor na faculdade de teologia, consultor da província da Companhia de Jesus e também reitor do colégio.
No dia 31 de Julho de 1973 foi eleito provincial dos jesuítas da Argentina, cargo que desempenhou durante seis anos. Depois, retomou o trabalho no campo universitário e, de 1980 a 1986, foi novamente reitor do colégio de São José, e inclusive pároco em San Miguel. Em Março de 1986 partiu para a Alemanha, onde concluiu a tese de doutoramento; em seguida, os superiores enviaram-no para o colégio do Salvador em Buenos Aires e sucessivamente para a igreja da Companhia, na cidade de Córdova, onde foi director espiritual e confessor.
O cardeal Antonio Quarracino convidou-o a ser o seu estreito colaborador em Buenos Aires. Assim, a 20 de Maio de 1992 João Paulo II nomeou-o bispo titular de Auca e auxiliar de Buenos Aires. No dia 27 de Junho recebeu na catedral a ordenação episcopal precisamente do cardeal. Como lema, escolheu Miserando atque eligendo e no seu brasão inseriu o cristograma IHS, símbolo da Companhia de Jesus.
Nomeado vigário episcopal da região Flores, a 21 de Dezembro de 1993 e foi-lhe confiada inclusive a tarefa de vigário-geral da arquidiocese. Portanto, não constituiu uma surpresa quando, a 3 de Junho de 1997, foi promovido arcebispo coadjutor de Buenos Aires. Nem sequer nove meses depois, com o falecimento do cardeal Quarracino, sucedeu-lhe a 28 de Fevereiro de 1998 como arcebispo, primaz da Argentina e ordinário para os fiéis de rito oriental residentes no país e desprovidos de ordinário do próprio rito. Três anos mais tarde, no Consistório de 21 de Fevereiro de 2001, João Paulo II criou-o cardeal, atribuindo-lhe o título de São Roberto Bellarmino.
Em Outubro de 2001 foi nomeado relator-geral adjunto da décima assembleia geral ordinária do Sínodo dos bispos, dedicada ao ministério episcopal. Uma tarefa que lhe foi confiada no último momento, em substituição do cardeal Edward Michael Egan, arcebispo de Nova Iorque, obrigado a permanecer na pátria por causa dos ataques terroristas de 11 de Setembro.
Como arcebispo de Buenos Aires — diocese com mais de três milhões de habitantes — pensou num projecto missionário centrado na comunhão e na evangelização, com quatro finalidades principais: comunidades abertas e fraternas; protagonismo de um laicado consciente; evangelização destinada a cada habitante da cidade; assistência aos pobres e aos enfermos. O seu objectivo era reevangelizar Buenos Aires, «tendo em consideração os seus habitantes, o modo como ela é e a sua história». Convidou sacerdotes e leigos a trabalharem juntos.
Em 2005, após a morte do Papa João Paulo II, o cardeal Mario Bergoglio foi o principal oponente de Ratzinger.
No ritual da eleição o argentino foi o segundo mais votado entre os cardeais, atrás apenas do alemão Joseph Ratzinger que assumiu o papado como Bento XVI.
13 de março de 2013, foi eleito papa, em substituição de Bento XVI, que havia renunciado por motivos de doença.
Redacção Ponto de Situação