SEGUNDA REDE ANGOLANA DE TELECOMUNICAÇÕES MÓVEIS

EMPRESÁRIA ISABEL DOS SANTOS ESCLARECE ORIGEM DA UNITEL: EMPRESA PASSA PARA O ESTADO 24 ANOS DEPOIS

A empresária angolana, Isabel dos Santos, clarifica que a Vidatel Ltd, empresa criada por si  e a Geni, S.A., propriedade de Leopoldino Fragoso do Nascimento, são os únicos accionistas fundadores da Unitel, em 1998 e somente em 2022, passa para a esfera do Estado.

Isabel dos Santos descreve que a Unitel é a segunda rede móvel do país, depois de ter surgido a Movicel, em 1991.

Idealizada em 1997,  por Isabel dos Santos, inclusive o nome e a marca, tendo pago posteriormente a uma empresa Britânica de Marketing, a Unitel, foi fundada a 30 de dezembro de 1998, mas somente em abril de 2001, começou a desenvolver as actividades no mercado angolano.

“A licença de telecomunicações móveis foi comprada e paga por ambos os accionistas fundadores sem qualquer financiamento do Estado (em vigor por um período de 15 anos e expirou em 2016). A salientar que em 2017 uma nova licença, novamente por um período de 15 anos, foi emitida e vendida à Unitel pelo Presidente João Lourenço, enquanto eu era PCA e geria a Unitel”, sublinhou, na nota que o Ponto de Situação teve acesso, esta terça-feira, 18.

Segundo a filha do antigo presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, posteriormente, os dois accionistas fundadores, neste caso: Isabel dos Santos e Leopoldino Fragoso do Nascimento, transferiram 25% do capital social da Unitel para a Portugal Telecom e 25% do capital social da Unitel para a MS-Telecom Mercury.

Nesta senda, a partir de 2001,  esta operadora de telecomunicações, passou a ser detida  por mais entidades:   Mercúrio - MSTELECOM - Serviços de Telecomunicações, S.A., uma subsidiária da Sonangol, E.P., Vidatel Ltd (de Isabel dos Santos), Geni, S.A., propriedade do general Leopoldino Fragoso do Nascimento e a PT Ventures SGPS, S.A.

23 anos depois da constituição da Unitel, a Sonangol, empresa estatal, chegou de adquirir 25% do capital social da Unitel que pertencia naquela altura a PT Ventures (Grupo Oi), avaliado em cerca de mil milhões de euros, mas em outubro de 2022, a operadora teve outro rumo.

Por via de um decreto presidencial, assinado por João Lourenço, ficou determinado “a nacionalização das participações privadas da Vidatel Ltd e da Geni, S.A. – estas, sim, duas empresas privadas que foram as fundadoras da Unitel”, disse Isabel dos Santos.

A partir desta altura, a Unitel, idealizada por si, torna-se uma empresa pública.

Sabe-se que, o governo tem pretensão de privatizar a Unitel, ainda ao longo deste ano, para que tenha gestão de uma entidade privada.

Redacção Ponto de Situação

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