
Francisco Fernandes Falua
POLÍTICO FALA EM TENTATIVA DE SE ABAFAR DENÚNCIAS SOBRE ASSASSINATO DE CAMPONESAS NO CUANZA NORTE
O Secretário provincial da UNITA no Cuanza Norte, desconfia existir pessoas que tencionam abafar as denúncias, em volta do assassinato de 17 camponesas, no município do Cazengo e presume ser um grupo devidamente organizado pela forma como foram executadas as vítimas.
O caso mais recente de homicídio desta natureza, aconteceu na comuna de Canhoca, arredores da cidade de Ndalatando, há 16 de fevereiro, quando uma anciã, dirigiu-se “nas lavras da Pedra Relógio”. Foi encontra morta, estrangulada e violada, por indivíduos desconhecidos.
De acordo relatos, as 17 camponesas, na sua maioria perderam a vida nas mesmas circunstâncias e atualmente, os populares temendo pelo mesmo destino, alguns recusam-se em chegar nos campos agrícolas, para produzir ou retirar alimentos.
Na manhã deste sábado, durante a marcha realizada neste território, em homenagem ao fundador da UNITA, Jonas Savimbi, morto em combate aos 22 de fevereiro de 2002, Francisco Fernandes Falua, Secretário provincial desta força política no Cuanza Norte, lamentou mais uma vez, o facto de até, a presente data, os autores não tenham sido identificados.
O político, revelou que o número de 17 senhoras que se tem avançado, pode ser superior, caso se faça uma investigação profunda.
“Somos chamados a denunciar, denunciar pessoas com comportamento desviante, porque estes bandidos que estão a tirar a vida das nossas mães, não são extraterrestres, andam aqui, têm mandantes, têm chefes”, desabafou. Perante o clima de medo, apelou a população, caso se tenha algum dado em volta deste assunto, para denunciar a polícia, para que avancem com o processo e prometeu que não estará descansado, enquanto os homicídios não serem esclarecidos.
Francisco Fernandes Falua declarou existir tendências de se abafar as denúncias que se tem levado a cabo, sobre as mortes de camponesas e afirmou que, não é normal os crimes terem quase todos, as mesmas características pela forma como foram praticados: senhora com mais de 50 anos, abuso sexual, estrangulamento e segue-se o assassinato.
“As nossas mães são sagradas(…), é o que demais ricos temos”, reconheceu e chamou atenção, aos outros actores da província do Cuanza Norte, a juntarem-se a esta luta, não importa a cor partidária ou credo religioso.
Redacção Ponto de Situação