No âmbito das jornadas parlamentares

UNITA REVELA CLIMA DE MEDO E PERSEGUIÇÃO DE ACTIVISTAS EM CABINDA

Com a aproximação do dia da paz e reconciliação nacional, apoiar-se a 4 de Abril, o Grupo Parlamentar da UNITA, defende que não se pode falar de paz, quando existirem activistas a serem perseguidos e a população a morrer de fome no país, com realce em Cabinda.

Durante as jornadas parlamentares que decorreram na província de Cabinda, no período de 26 a 30 de Março, os deputados concluíram que nesta província vive-se um ambiente de medo, perseguição a activistas cívicos e hostilidade a adversários políticos.

Nas vésperas do 4 de Abril, o Grupo Parlamentar da UNITA, denuncia que existem pessoas que morrem de fome e outras que sobreviveram com menos de um dólar por dia.

“O sistema de governança concentrado e centralizado está esgotado, pois coloca o povo muito distante dos governantes e dos benefícios dos seus abundantes recursos locais”, defendem os deputados da bancada parlamentar desta força política.

Na declaração aos jornalistas esta segunda-feira, em representação dos diferentes deputados da UNITA, Liberty Chiyaca lamentou o facto do dinheiro e a riqueza produzida em Cabinda, a maioria da população angolana não se beneficia, muitos menos os cidadãos deste território, mais o norte de Angola.

De acordo com o trabalho desenvolvido durante quatro dias, o presidente da Bancada Parlamentar da UNITA, comparativamente às demais províncias, refere que Cabinda "é o rosto da pobreza, da má governação central, das extremas desigualdades sociais, das assimetrias regionais", da fome, miséria lixo e "dos projectos públicos falhados".

Liberty Chiyaca disse que a população de Cabinda tem sofrido maus tratos de cidadãos de outros países, sem que as autoridades consigam pôr fim a este problema.

Situação dos sobas e estudantes

Os deputados, lamentaram os baixos subsídios dos sobas neste território do país, que ronda entre 12 a 25 mil kwanzas.

Sobre o sistema de ensino, defende que não oferece muitas oportunidades e alternativas, numa zona onde os estudantes percorrem longas distâncias a pé, em busca da realização dos seus sonhos.

Saúde em Cabinda

"Muitos cidadãos queixam-se da débil prestação dos serviços no sector da saúde; há falta de medicamentos nos hospitais; a corrupção é institucionalizada e a impunidade é estimulada", descrevendo os representantes do povo na Assembleia Nacional, após a conclusão dos trabalhos na província.

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Redacção Ponto de Situação

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