Interrupção da gravidez

MÉDICOS QUE REALIZAM ABORTOS PODEM SOFRER PRESSÃO PSICOLÓGICA

As consequências psicológicas nos casos de aborto, não recaem somente para as mulheres, mas também para os que incentivam a sua prática, bem como para os médicos ou enfermeiros que realizam o acto, segundo a psicóloga Alzira João. A profissional declara existir profissionais que perderam a conta do número de abortos já realizados.  

De acordo com a profissional formada em psicologia, são várias as causas que levam os jovens a praticarem o aborto, principalmente pela a falta de apoio familiar e descreve que a ausência do suporte do parceiro, tem sido um dos factores que muitas mulheres enumeram para abortarem.

“A pressão psicológica de saber que não tem como sustentar essa criança, acabam por retirar a vida de um ser inocente”, afirmou com tristeza e considera esta atitude de reprovável, que advém em muitos casos do facto dos parceiros negarem a paternidade.

Diante desta realidade, garante que muitas raparigas, ao saberem que os pais terão reação negativa, começam a alimentar o sentimento de culpa, que termina em muitos casos na interrupção da gravidez, “o caminho mais difícil e doloroso”.

A falta do conhecimento dos perigos do aborto, é outra causa apontada, por isso, olha para as famílias e exorta a dialogarem abertamente com os filhos para desencorajar tal prática.

“Se você nasceu, conseguimos cuidar-te e quando mais um bebé!”, propôs, como sendo uma medida que deve ser adoptado pelos pais, para que se reduza relatos desta natureza e não incentivarem o aborto.

“Não olhem pelo caminho mais triste, doloroso, mas sim, busquem sempre Deus em primeiro lugar”, acresceu.

Às mulheres que interrompem a gravidez, as consequências são várias, que começa no “peso de consciência” em pensar no erro cometido e cogitar na possibilidade de não voltarem a engravidar, muitas vezes por culpa dos pais que estimulam o acto por acharem ser prematuro que a filha seja mãe.  

Alzira João disse existir relatos de mulheres que chegam alimentar o medo de voltarem a conceber e quando tiverem marido, ficam com frigidez ( um tipo de disfunção sexual na qual a mulher tem dificuldade para ficar sexualmente excitada e naturalmente lubrificada por sentir pouca ou nenhuma sensação de desejo ao ser sexualmente estimulada) e outras não conseguem se relacionar novamente com o esposo, por temerem voltar a passar pelo mesmo processo caso estejam gravidas.

“Será que não estou a engravidar por eu retirar aquela gravidez? Será que não estou a engravidar porque o médico que procurei não fez devidamente o seu trabalho? Será que cai nas mãos de um sapateiro?”, são algumas das questões que podem surgir neste momento, segundo a psicóloga, por isso, chama atenção, que antes de qualquer passo, deve-se pensar sempre nas consequências.

A psicóloga Alzira João, disse que os homens não escapam da pressão psicológica, quanto influenciam as parceiras abortarem, “porque fica o peso de consciência: a filha alheia, se morrer! pensa na forma debilitada como a companheira pode voltar, analisa se der errado pode ser preso”.

Para os médicos ou enfermeiros que realizam o aborto, muitos dos quais, a seu ver perderam a conta do número de gravidezes “sacadas”, também podem enfrentar consequências psicológicas, porque de antemão estão conscientes dos riscos desta acção, por jurarem salvar vidas.

O médico, segundo Alzira João, pensa nas consequências do aborto realizado, na eventualidade de ser preso caso o procedimento dê errado e ser culpabilizado se por ventura a paciente não voltar a conceber ou morrer!

No geral, apontou que o peso de consciência recai para todos os intervenientes deste processo.

“Perante a Deus podemos dizer que é pecado. Diante da sociedade é condenável. Vamos pensar nas consequências para que consigamos viver na sociedade, pois estamos a normalizar tudo, estamos a normalizar o pecado, o mal e a vida está assim…! ”, sublinhou a profissional, que disse não ao aborto.

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Redacção Ponto de Situação

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