A realidade dos moradores do município da Maianga

FESTA DE MOSQUITOS NA LAGOA DEIXA CIDADÃOS INTERNADOS

A proliferação de mosquitos na lagoa próxima ao Mercado da Madeira em Luanda, deixa inquietos os moradores, que relatam adoecer com frequência devido a esse cenário, que classificam como crítico.

Por: Angelino Katchama

Imagem: Esmeralda Gomes

Segundo os  comerciantes do Mercado da Madeira, a lagoa existe há vários anos e, durante a época chuvosa, a população enfrenta constantes dificuldades de locomoção. Além disso, são frequentes os casos de doenças respiratórias na região, o que agrava ainda mais a situação dos moradores.

“Ninguém sabe até quando vamos viver, assim, Tchicalenco, aman dtchangue tela yeso, (deixa meu irmão é só com Deus)”, com os lábios secos, voz baixa, olhando para o chão enquanto abanava a cabeça.

O bairro está localizado no município da Maianga, nas imediações da Vila do Gamek. Segundo relatos de moradores da circunscrição, a realidade da zona é considerada caótica.

As lamentações são antigas, mas a solução ainda parece distante para quem espera por dias melhores.

Bela Fortuna, moradora da zona há 23 anos, afirma que enfrenta diversos constrangimentos no seu dia a dia.

“Nós levamos as cartas de reclamações, mas, sem respostas e se estamos em vida é mesmo a mão do senhor. Estamos numa rua comercial e não conseguimos fazer nada”, lamentou a moradora.

Bela afirma que é difícil viver nessas condições e acrescenta que as crianças são vítimas frequentes de várias patologias. Ela lamenta não haver outra forma de pôr fim a uma situação que já dura há mais de 10 anos.

Inconformada com a situação, lança um pedido de socorro, na esperança de ver uma nova realidade no perímetro.

Outra cidadã que trabalha no referido mercado diz não acreditar em dias melhores e pretende mudar de zona para não continuar convivendo com essa situação antiga.

 “Os  mosquitos tornaram-se, como se fossem os nossos filhos, estão a dar cabo das nossas crianças. Como vamos viver…?”, questionou.

“Uma esperança morta”, desabafa a cidadã identificada como Nela, que relata ter enfrentado dias difíceis devido ao paludismo causado pelos mosquitos, ficando acamada por duas semanas numa unidade hospitalar,  uma situação que, segundo ela, muitas outras pessoas também enfrentam.

No local, nossa equipa de reportagem apurou que vários cidadãos comercializam no perímetro, enquanto outros adquirem os produtos com normalidade, desafiando o risco de contrair doenças. 

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Redacção Ponto de Situação

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