
Em Luanda
CIRCULAÇÃO DE MOEDAS METÁLICAS DE 10 E 20 KWANZAS ENFRENTA REJEIÇÃO
- por Redacção --
- Thursday, 29 May, 2025
Crescem os relatos de cidadãos que dizem não entender as razões pelas quais alguns populares estejam a rejeitar as moedas metálicas de 10 e 20 kwanzas.
Por: Leal Mundunde
As primeiras informações começaram a surgir este mês (Maio) da província de Benguela, concretamente nos municípios do Lobito e da Catumbela. Em pouco tempo, no Huambo também ocorreram relatos desta natureza.
Desta vez, em Luanda, particularmente no bairro Bita Progresso, chegam informações de que o facto também tem ocorrido.
O interlocutor refere que, inclusive no mercado informal, em cantinas e outros estabelecimentos comerciais, também é visível a recusa, por parte de alguns funcionários, em aceitar o dinheiro em causa.
De acordo com o entrevistado, tomou conhecimento há uma semana, através de um vizinho do bairro Bita Progresso.
Dona Vivi, que possui um tanque de água, garante que, nos últimos dias, ficou surpreendida ao dar o troco de 20 kwanzas a um cliente, o qual negou-se a recebê-lo, justificando que ouviu de um parente residente em Benguela para não começar a aceitar as moedas metálicas em questão.
“Dizem que já não estão a receber o dinheiro”, foi a única justificação que o cliente deu.
No dia seguinte, disse que o cenário se repetiu, mas desta vez foi um adolescente que, segundo o pai, foi informado para não começar a receber as moedas metálicas.
A senhora que vende 25 litros de água por 80 kwanzas normalmente precisa dar troco. Diante desta situação, fica sem saber o que fazer, mas confessa que não é justo ficar com valores que não lhe pertencem.
A partir dos próximos dias, caso a rejeição continue, ela garante que será obrigada a vender a água por 100 kwanzas, para evitar que alguém saia sem receber o troco devido.
Miguel, compreende que, a qualquer momento, mais cidadãos deixarão de aceitar as moedas metálicas de 10 e 20 kwanzas para evitar acumular valores em casa.
As fontes que falaram ao Ponto de Situação esperam pronunciamentos urgentes por parte das autoridades competentes para a reversão do quadro, pois temem que o problema se alastre para outros territórios, caso o silêncio prevaleça. Dessa forma, ambos concordam que os preços dos produtos poderão “disparar”.
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Redacção Ponto de Situação