BENIM: FRUSTRADA TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO

O Governo do Benin anunciou no Domingo, 7, ter frustrado uma tentativa de golpe de Estado anunciado pela manhã no país, onde foram detidos 13 militares na cidade de Cotonou, segundo o ministro do Interior.

“Todos os detidos são militares, incluindo um que já tinha sido expulso do serviço”, indicou uma fonte militar à AFP.

Entre eles estão responsáveis pela operação, embora o tenente-coronel Pascal Tigri, apontado como líder, e outro membro tenham conseguido fugir.

O grupo tinha invadido a sede da Rádio e Televisão do Benim (RTB) na madrugada deste Domingo, anunciando a destituição do presidente, Patrice Talon. Um grupo de soldados surgiu na televisão estatal do Benim a anunciar a dissolução do Governo num aparente golpe de Estado. O grupo, que se autointitulou Comité Militar para a Refundação, anunciou a remoção do presidente e de todas as instituições estatais.

A acção foi rapidamente neutralizada pela Guarda Republicana, que retomou o controlo do edifício e repôs a ordem.

O Governo do país anunciaria depois ter abortado uma tentativa de golpe de Estado, num vídeo publicado na rede social Facebook. “Na madrugada de hoje [domingo], um pequeno grupo de soldados iniciou uma revolta com o objectivo de desestabilizar o Estado e as suas instituições”, acrescentou o ministro do Interior, Alassane Seidou. “Diante dessa situação, as Forças Armadas do Benim e a sua liderança, fiéis ao seu juramento, permaneceram comprometidas com a República”, frisou.

O candidato escolhido pelo partido de Talon, o ex-ministro das Finanças Romuald Wadagni, era dado como favorito e o candidato da oposição Renaud Agbodjo tinha sido rejeitado pela comissão eleitoral por não ter apoios suficientes.

No mês passado, o país alargou os mandatos presidenciais de cinco para sete anos, mantendo um limite máximo de dois mandatos.

Este é o mais recente golpe militar na África Ocidental, depois de, na semana passada, um grupo de militares tomar o poder na Guiné-Bissau, destituindo o presidente Umaro Sissoco Embaló, suspendendo os resultados das eleições de 23 de Novembro e empossando o general Horta Inta-A como presidente de transição por um ano.

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