FAMÍLIA DO ACTIVISTA “GENERAL NILO” À BEIRA DE DESPEJO

A família do activista Serrote Joaquim de Oliveira, conhecido como “General Nilo”, enfrenta situação de vulnerabilidade social, marcada por dificuldades financeiras, risco de despejo e falta de condições para a educação dos filhos.

FAMÍLIA DO ACTIVISTA “GENERAL NILO” À BEIRA DE DESPEJO

Em declarações à Emissora Católica de Angola, Dina Joaquim, esposa do activista, afirmou que não conseguiu renovar o contrato de arrendamento da residência onde vivem, e que pode ser despejada a qualquer momento.

Grávida e responsável pelo cuidado dos filhos, denunciou ainda que o seu quiosque, que garantia o sustento familiar, foi confiscado no mercado onde exercia actividade.

“Não tenho como sustentar os meus filhos. A renda terminou a 1 de Agosto e apenas nos deram mais 15 dias. Se esta semana acabar e o meu marido não estiver em casa, eu e os meus filhos iremos até à Comarca onde ele está preso, e darei à luz ali mesmo”, disse, em tom de desespero.

Os filhos do activista também lançaram um apelo emocionado, pedindo a libertação do pai.

 “Só queremos a liberdade do nosso pai. A nossa renda já terminou. Se não libertarem o nosso pai, eu e os meus irmãos vamos morar onde ele está”, disse um dos filhos do activista.

Segundo Dina Joaquim, nenhuma das crianças foi matriculada este ano devido à falta de recursos, nem foi possível comprar material escolar.

“Não é justo o que está a acontecer com o meu marido. Por favor, soltem-no, ele não é ladrão”, suplicou.

O activista encontra-se detido há mais de 20 dias, na sequência das detenções ocorridas a 28 e 29 de Julho. Florindo Chivucute, defensor de direitos humanos, afirmou que tanto Serrote de Oliveira como outros detidos na mesma ocasião, encontram-se privados de sua liberdade injustamente e apela a solidariedade da sociedade civil.

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