MITO OU VERDADE: ALBINOS MORREM OU DESPARECEM?
Afinal por que se tem esta percepção, de que os albinos não morrem, mas desaparecem? Uns acreditam que sim, outros não vêm sequer esta possibilidade como algo verdadeiro e cada, teceu a sua opinião em volta desta problemática antiga, onde o mito e a verdade caminham “de mãos dadas” há anos.

Albinismo é uma condição genética extraordinária que se apresenta desde o nascimento pela ausência de uma pigmentação conhecida como melanina.
Para a Organizações das Nações Unidas (ONU), a data destaca a importância de que as vozes das pessoas com albinismo sejam ouvidas e que elas sejam incluídas na tomada de decisões.
Celebrado a 13 de Junho, a proporção do albinismo é de um caso em cada 20 mil habitantes.
Para este ano, a ONU tem como lema ‘‘inclusão e força”, para que se acabe com a violência e a descriminação contra as pessoas com albinismo.
A nossa equipa de reportagem ouviu a população sobre os rumores em torno das pessoas albinas.
Doutora Manuela, de 48 anos de idade, formada na área de medicina, disse não acreditar nesse mito de que albino não morre mais desaparece.
Segundo a doutora, o ser humano vive nove meses dentro do ventre para a formação de cabelos, coloração, unhas, etc.
A falta de pigmentação ou melanina no cabelo, na pele e nos olhos é que causa sensibilidade ao sol e à claridade forte. Por este motivo, quase todas as pessoas que vivem com albinismo também têm problemas de visão e são propensas ao câncer de pele"
Segundo a doutora, o câncer de pele é o principal causador de morte em pessoas com albinismo, em particular o carcinoma espinocelular (CEC) e o carcinoma basocelular (CBC).
A falta de melanina na pele, que protege contra os raios solares, torna as pessoas com albinismo mais suscetíveis a queimaduras solares e, consequentemente, a desenvolver câncer de pele.
“Podemos dizer que o albino é um ser humano que não chegou de completar 100% como Deus previu”, disse a doutora Manuela.
Em alguns países dizem que os albinos curam VIH Sida, câncer e que o cérebro do albino tem diamante, e por este motivo também sofrem raptos.
Martinho Arsénio, de 38 anos, natural de Luanda falou que a informação não corresponde com a verdade.
“Albino são pessoas normais. O que nos defere deles e o tom da pele, por terem pouca melanina”, explicou Martinho.
A fonte falou na primeira pessoa, que teve um tio albino que faleceu em 2015, em uma das unidades hospitalares de Luanda.
Senhor Martinho Arsénio, acrescentou que hoje já não se nota tanta rejeição dos albinos e pensa que as pessoas têm agido sem descrimnação, comparado há alguns anos, mas reconhece que ainda não se está a 100% no que se fala em aceitação, principalmente em algumas instituições.
Martinho apelou a sociedade em geral a abandonar a descriminalização, pois “somos todos seres humanos feitos pelo criador”.
Já para a assistente de venda, Augusta, de 34 anos, os albinos desaparecem. ‘‘Desde que me conheço como gente nunca vi um óbito de albino”.
Para a senhora Joana, que mesmo atrasada para ir ao culto, não deixou de dar o seu testemunho, reconheceu ser um mito, pois já presenciou um velório de uma pessoa albina quando vivia na província do Huambo.
“Eu vi com os meus próprios olhos, ninguém contou-me. Isso é bíblico do “pó viemos e do pó voltaremos”, frisou ela.
Segundo os interlocutores, muitos cidadãos têm a perceção de que os albinos não morrem, por nunca terem testemunhado funerais e pelo facto de estes constituírem uma minoria.