MÃE E FILHA ABUSADAS SEXUALMENTE NA SEQUÊNCIA DE UM ASSALTO:CRIME RESULTOU NA GRAVIDEZ DA FILHA
Uma mulher de 45 anos e a sua filha de 25 foram abusadas sexualmente por um grupo de marginais, no bairro Boa Fé, município dos Mulenvos, em Luanda. O crime, ocorrido na madrugada do dia 24 de Setembro, resultou na gravidez da filha, que teve de ser interrompida por razões médicas.
“Naquele dia, acabamos de orar, eu e a minha família. Terminámos a oração por volta da meia-noite”, contou Joana (nome fictício), ainda visivelmente abalada.
Segundo a vítima, cerca da 01h00, o filho, que se encontrava a ver televisão na sala, correu para o quarto dos pais, alarmado com uma tentativa de invasão.
O casal dirigiu-se à sala para verificar o que se passava e deparou-se com indivíduos que tentavam forçar a entrada da residência, levando o filho a sair de casa em busca de ajuda junto dos vizinhos.
De início, os indivíduos alegaram ser agentes do Serviço de Investigação Criminal (SIC), mas rapidamente revelaram tratar-se de um assalto armado.
Sob ameaça de armas de fogo, exigiram dinheiro, telemóveis, chaves, cartões bancários e outros bens de valor, que a família entregou temendo pela vida.
Quando tudo parecia terminado, os assaltantes voltaram a exigir as chaves da casa. Perante a insistência e sob o pretexto de procurá-las, um dos criminosos levou Joana até ao quarto, onde a abusou sexualmente, sendo depois violada por um segundo elemento.
“Eles não paravam, mesmo com os meus pedidos. Só pararam quando o terceiro, o único mascarado, mandou que se afastassem”, relatou a vítima.
Durante a agressão à mãe, a filha do casal, de 25 anos, foi levada à casa de banho e também abusada por outros dois integrantes do grupo.
Já a filha, de 25 anos, contou que tentou pedir por ajuda, um dos marginais retirou na arma de fogo, que atingiu na região da coluna.
“Eles faziam tudo, eu só estava a orar. Um deles disse-me: estás a orar o que? Estás a chamar nome de Deus? Deus não está contigo, se estivesse, nada disso estaria acontecer…”, revelou.
Segundo o relato da jovem, o abuso deixou-lhe hemorragias graves durante várias semanas, obrigando a família a recorrer ao hospital. Foi ali que recebeu a notícia que a abalou: o acto sexual forçado resultou numa gravidez, posteriormente interrompida sob acompanhamento clínico.
Após o ataque, os assaltantes regressaram à sala e voltaram a exigir dinheiro. Irritado com a negativa da família, um dos indivíduos tentou agredir Joana, mas foi impedido pelo elemento mascarado, que o repreendeu:
“Eu disse para não matar a senhora!”, terá afirmado o homem, segundo relatou a vítima.
De acordo com testemunhos recolhidos, os criminosos acabaram por trancar a família na casa de banho, revistaram toda a residência e, de seguida, fugiram do local.
Joana descreveu o episódio como um “pesadelo sem fim”, mas reconheceu o apoio que a família tem recebido da Polícia Nacional, de psicólogos e de profissionais de saúde.
“Pedimos apenas que a justiça seja feita e que todos os responsáveis respondam pelos seus actos”, apelou a família.
SIC ANUNCIA DETENÇÃO DE TRÊS SUSPEITOS

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) anunciou a detenção de três dos cinco suspeitos envolvidos no crime. A informação foi confirmada pelo porta-voz interino do órgão afecto ao Ministério do Interior, Emanuel Capita.
Segundo o Oficial de Informação e Comunicação do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do SIC-Luanda, as investigações indicam que os mesmos indivíduos poderão estar ligados a outro crime ocorrido no mesmo bairro, que culminou no assassinato de um agente dos Serviços Penitenciários, identificado como António Carlos Francisco.
O homicídio ocorreu no dia 4 de Outubro, por volta das 2h00, quando os suspeitos arrombaram a residência de uma vizinha do malogrado. Ao ouvir os gritos de socorro, o agente tentou intervir, momento em que um dos assaltantes efectuou um disparo fatal.
Emanuel Capita adiantou que os detidos já foram ouvidos pelo juiz de garantia, tendo sido aplicada a medida de prisão preventiva.
“O trabalho de investigação continua, com vista à captura dos restantes participantes nos crimes”, concluiu o porta-voz.






































