CÉREBRO GUARDA INSULTOS POR 20 ANOS E ELOGIOS POR 30 DIAS

Já parou para pensar como uma crítica ou insulto parece perpetuar sobre a mente, quando os elogios são facilmente esquecidos. De acordo com estudos, o cérebro humano retém críticas e insultos como mecanismo de defesa.

O cérebro humano evolui constantemente, de acordo ao meio e as circunstâncias com vista a garantir a sobrevivência, por este motivo, o cérebro tende a se concentrar mais nas experiências negativas do que positivas. De acordo com cientistas, o cérebro guarda o que dói para garantir que você não sofra o mesmo de novo.

Pesquisas realizadas na área da psicologia e neurociência indicam que críticas, ofensas e situações dolorosas costumam deixar marcas mais profundas do que elogios ou gestos de gentileza.

Estudo indicam que estímulos negativos despertam respostas cerebrais e hormonais muito mais intensas. Um insulto, por exemplo, é percebido pelo cérebro como uma ameaça social, ele aciona a amígdala cerebral, responsável por ativar o modo “luta ou fuga”, o que leva a marcar aquele momento como uma lembrança emocionalmente intensa.

Os elogios, por outro lado, seguem outro caminho, eles despertam prazer e até liberam dopamina, o famoso hormônio da felicidade e, diferente dos insultos, não representam um risco ou uma urgência, logo, o cérebro entende que não precisa guardar aquela sensação por muito tempo.

Sem uma reactivação constante, como quando alguém reafirma o elogio ou quando você se recorda dele, a memória positiva se dissolve naturalmente. É o que os neurocientistas chamam de memória de prazer leve, um registo passageiro que logo dá lugar a novas experiências.

Lembrar-se de críticas por tanto tempo tem um custo alto, esse acúmulo de memórias negativas afeta a autoestima, a confiança e até as relações pessoais e o cérebro, ao revisitar essas lembranças, reforça a dor e cria uma espécie de ciclo de autodepreciação. Por isso, controlar a autocrítica e reconhecer o impacto emocional das palavras se torna fundamental para manter o equilíbrio mental.

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