CIDADÃO FAZIA-SE PASSAR POR PROCURADOR-GERAL ADJUNTO PARA EXTORQUIR MEMBROS DO EXECUTIVO
Estevão Paulo de Sousa, 34 anos, caiu esta semana na rede do Serviço de Investigação Criminal (SIC). O cidadão, residente no Icolo e Bengo, é acusado de se fazer passar por Procurador-Geral Adjunto, numa alegada teia de extorsão dirigida a figuras do Executivo.
Segundo as autoridades, o suspeito vai responder por Extorsão, Falsa Identidade e Associação Criminosa. Para manter o disfarce e baralhar o rasto, recorria ao uso de vários cartões SIM, numa estratégia de camuflagem para não ser descoberto com tanta facilidade.
A detenção ocorreu na quarta-feira, 26 de Novembro, no município do Cacuaco, em Luanda.
Informações recolhidas indicam que, além de se apresentar como Procurador-Geral Adjunto, o indivíduo dizia ser técnico do Gabinete do Procurador-Geral Adjunto da República, juiz de garantias e até assessor de altas entidades, um pacote completo de títulos falsos para “legitimar contactos fraudulentos”.
De acordo com o SIC, o indiciado enviava mensagens a membros do Executivo, ex-dirigentes, governadores provinciais, ministros, presidentes de conselhos de administração de empresas públicas, responsáveis de instituições financeiras e outras figuras públicas. Nas comunicações, alertava para supostos processos-crime em curso, uma estratégia de intimidação estudada ao milímetro.
A investigação aponta que Estevão Paulo de Sousa conseguiu recolher ganhos com o esquema, exigindo e recebendo valores monetários através de transferências bancárias, usando contas de terceiros para esconder a rota do dinheiro.
Agora, com a máscara caída e o teatro desmontado, o caso segue para a justiça, que terá a última palavra neste presumível enredo de fraude.
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