CONFLITO FUNDIÁRIO EM BELAS: CAMPONESA DENUNCIA INVASÃO DE TERRENO COM MAIS DE TRÊS HECTARES 

Uma disputa de terras está a agitar o distrito do Cabolombo, no município de Belas, onde a camponesa Maria André Simão, de 60 anos, acusa o presidente da Cooperativa Twezo Munzo RL, Adão Catumba, de se ter apropriado ilegalmente de três hectares de terreno.

CONFLITO FUNDIÁRIO EM BELAS: CAMPONESA DENUNCIA INVASÃO DE TERRENO COM MAIS DE TRÊS HECTARES 
IMAGEM: TEIFA DA COSTA
CONFLITO FUNDIÁRIO EM BELAS: CAMPONESA DENUNCIA INVASÃO DE TERRENO COM MAIS DE TRÊS HECTARES 
CONFLITO FUNDIÁRIO EM BELAS: CAMPONESA DENUNCIA INVASÃO DE TERRENO COM MAIS DE TRÊS HECTARES 

Na manhã de terça-feira, 9 de Setembro, o Ponto de Situação deslocou-se à zona do Tanque Um, onde a camponesa denunciou a invasão. Segundo Maria Simão, Adão Catumba terá ordenado a primeira tentativa de ocupação, que culminou com a destruição parcial da sua lavra.

Mais recentemente, afirma que a situação agravou-se ao ponto de registar o furto dos produtos cultivados no local, uma acção que atribui supostamente a elementos indicados pelo responsável da cooperativa.  

“Agora trouxe máquinas para destruir as minhas árvores. Eu vou comer aonde, sou velha?”, desabafou em lágrimas.

De acordo com a agricultora, mais de 40 mangueiras foram arrancadas por tratores, que ela suspeita terem sido mobilizados com apoio da Administração Comunal, dada a dimensão da operação.

O terreno em causa terá sido adquirido por José António da Silva, filho da camponesa, a 17 de Junho de 2019, através da mesma cooperativa que agora é acusada de o usurpar.

Contactado pelo Ponto de Situação, o presidente da Cooperativa, Adão Catumba, não respondeu. Já o Administrador Comunal, Alexandre Gomes, afirmou não ter domínio do assunto, remetendo esclarecimentos para ocasiões futuras. O seu assessor jurídico, Manuel Teixeira, negou qualquer envolvimento da Administração no litígio, mas prometeu acompanhar o caso.

A tensão no seio da família cresce. Mateus Pedro, irmão de Maria Simão, alerta para possíveis actos de retaliação.

Maria Simão pede a intervenção urgente das autoridades competentes, para garantir justiça e segurança no que considera ser o fruto de anos de trabalho.