INAR PROÍBE IGREJA MENSAGEM DO ÚLTIMO TEMPO DE REALIZAR ACTIVIDADES EM ANGOLA
O Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR) proibiu a Igreja Mensagem do Último Tempo (IMUT) de desenvolver as suas actividades em território nacional, alegando a existência de irregularidades graves nas suas práticas.

Após ouvir o parecer do Ministério Público, o INAR, órgão afecto ao Ministério da Cultura, decidiu revogar o reconhecimento oficial da referida denominação religiosa.
De acordo com informações prestadas pelo Instituto, os líderes da IMUT terão levado a cabo acções que violam direitos fundamentais dos cidadãos, nomeadamente a privação de liberdade e a manipulação psicológica dos fiéis, com destaque para mulheres e adolescentes.
Segundo o INAR, o comportamento dos pastores da IMUT tem contribuído para a desestruturação familiar e provocado instabilidade social nas comunidades onde se encontram instalados os seus templos.
Perante a gravidade das situações denunciadas e ouvido o Ministério Público, o Ministério da Cultura validou a decisão de suspensão.
Em reacção, a Igreja Mensagem do Último Tempo afirmou, através de um comunicado de imprensa divulgado nesta segunda-feira, 14 de Julho, que não foi notificada formalmente da decisão e contestou a legitimidade da medida.
“A medida anunciada, a confirmar-se carece de fundamento legal suficiente, e levanta preocupações do Estado a Observação dos princípios pela liberdade religiosa, o direito ao contraditório e a necessidade de fundamentação clara e disista de decisões administrativas”, reagiu esta segunda-feira, 14 de Julho, a Igreja Mensagem do Último Tempo, por meio de um comunicado de imprensa.
A IMUT assegura ainda que irá recorrer aos meios judiciais disponíveis para contestar a decisão e garantir a retoma das suas actividades em Angola.