QUANDO A MÃO QUE ABRE A PORTA É TRAÍDA: A LEI DO RETORNO NEM SEMPRE FALHA
No compasso das conversas de rua, nos cafés, nos táxis transformados em parlamento público e até nos corredores das empresas, há um tema que se repete com o peso de um lamento: o roubo cometido por quem deveria proteger.

Esta conduta, por mais antiga que seja, continua a minar as fundações de muitas empresas. O resultado? Falência, desemprego, desconfiança generalizada, portas que se fecham para todos, por causa de um.
Muitos gestores já deixaram de dormir tranquilos. Não é o mercado que mais os preocupa, é o colega da frente, o funcionário da confiança, o tal que sorri e assina presença, mas por trás retira, subtrai, falsifica e faz do roubo um hábito disfarçado de rotina.
Mesmo com câmaras de vigilância, sistemas de controlo, códigos e alarmes… a mente que quer desviar encontra sempre uma brecha: cria esquemas, simula relatórios e nem sempre, as pessoas com esta postura são apanhados.
É aqui que entra a tal lei do retorno, que muitos desprezam. Um dia, este mesmo liderado que hoje trai o sistema, será chamado a liderar e nessa hora, sentirá na pele o que causou com a sua leveza moral: a traição volta, não pela via mística, mas pela lógica da vida.
Já imaginou gerir uma empresa e ser roubado por alguém em quem confiaste? Já pensou em ver o seu projecto falir por causa dos desvios internos? Não deseje aos outros o que não suportaria viver.
A empresa não é sua, sim, mas o pão que a empresa lhe proporciona, esse é, e também é o pão de muitos outros.
Por isso, sejamos “vijús” do bem, atentos, zelosos e conscientes, dos que cuidam para preservar, dos que lutam pela transparência e dos que constroem, em vez de corroer.
A mão que hoje lhe abre a porta pode, amanhã, ser a sua, que abrirá a porta de outras pessoas e se for traída? De certeza, vai doer, porque há dores que nem o tempo resolve e existem perdas que nenhuma promoção compensa.
Há responsabilidade colectiva quando se trata do bem comum.
Pense nisso!
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