NOITE DE TERROR NO BAIRRO CATINTON: QUATRO RESIDÊNCIAS ASSALTADAS
A noite de sexta-feira, 12 de Setembro, foi de pânico para alguns moradores da rua 68, no bairro Catinton, em Luanda, após um grupo de jovens, com idades entre os 20 e os 24 anos, assaltarem quatro residências, deixando um rasto de insegurança na comunidade.
Deolinda (nome fictício), uma das vítimas, contou ao portal Ponto de Situação que tudo aconteceu por volta das 02h00.
“Levantei-me para ir ao WC e encontrei a porta do quintal aberta. A roupa que havia deixado fora, já não estava lá. Fui à cozinha e percebi que a botija e o televisor também tinham desaparecido”, relatou.
Após perceber o roubo, desesperada, Deolinda acordou os filhos e saiu à procura dos assaltantes, encontrando pelo caminho outros moradores que também tinham sido vítimas.
“Na nossa casa, levaram toda a comida que estava na arca”, lamentou outra moradora.
Segundo relatos, noutras duas residências os criminosos arrombaram os portões, mas não conseguiram levar bens. Com o apoio de vizinhos, por volta das 04h00, os suspeitos foram localizados junto à vala de drenagem deste bairro, localizado no município da Maianga.
Fontes no local contaram que, depois de capturados, os jovens foram agredidos e quase linchados pela população. Apenas a colaboração de um dos assaltantes, que indicou o local onde estavam os bens roubados, evitou que fossem queimados.
Os suspeitos foram entregues à Polícia, que os conduziu ao comando do bairro, onde deverão responder criminalmente pelos assaltos.
Relatos de moradores indicam que, recentemente, uma residência foi assaltada durante a madrugada. Com o apoio de vizinhos, os proprietários conseguiram localizar um dos suspeitos, que acabou por ser espancado. O pior foi evitado, quase foi queimado vivo, graças à intervenção de pessoas que conheciam o indivíduo.
Por volta das 6h00, familiares do acusado compareceram no local, comprometendo-se a ressarcir os bens desviados. Apesar desse compromisso, o suspeito foi entregue às autoridades para os devidos trâmites legais.
Os moradores denunciam que os assaltos não se limitam às residências, mas também ocorrem frequentemente na via pública, muitas vezes com recurso a armas brancas ou de fogo.
As zonas mais críticas apontadas pelos populares são a rua Direita da “Praça Nova”, a paragem da Vila, a rua da Moagem, as imediações do Fino e a área conhecida como “Sodoma e Gomorra”, também chamada rua da UVÉ, para quem segue para a Terra Vermelha. Fontes locais afirmam que, para além de assaltos, já se registaram casos de abuso sexual nessa última zona, reforçando o clima de insegurança.
SAIBA TAMBÉM: DOIS EFECTIVOS DO MININT DETIDOS POR BURLA E FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS NA HUÍLA