COMERCIANTES MOSTRAM-SE PREOCUPADOS COM BAIXA VENDA EM ÉPOCA DE QUADRA FESTIVA
Os comerciantes dos mercados da Madeira e 1º de Agosto (Catinton), mostraram as suas preocupações quanto a aderência dos clientes nesta época festiva e falaram até em dias difíceis devido a subida galopante da cesta básica.
Teresa Victor de 48 anos de idade, comerciante a mais de cinco anos, lamentau a situação das vendas este ano.
‘‘As coisas estão fracas’’, disse a vendedeira que saiu do Huambo para Luanda em busca de melhores condições de vida.
‘‘Numa altura como essa, nos anos anteriores você não conseguia ver a pessoa que está lá no fundo da praça por causa do fluxo de pessoas’’, contou ela.
Mesmo com pouca aderência, Teresa continua confiante, e acredita que até pelo menos nos dias 20 as vendas serão melhor.
Para as pessoas que nesta época têm deixado o seu trabalho para aproveitar as vendas nos mercados e ganhar dinheiro extra, dona Teresa aconselhou a não o fazer, ‘‘continuem nos seus locais de trabalho porque aqui está duro”.
Teresa Tiago, vendedeira a mais de 20 anos no mercado da madeira disse que já houve momentos bons, mas que, actualmente ‘‘está difícil’’.
‘‘Nos anos passados nesta altura o nosso investimento era maior, a bancada ficava cheia de produtos por conta da demanda dos clientes, hoje as vendas são apenas para remediar’’, recordou Teresa Tiago.
Alguns dos produtos que vão para a mesa das famílias Angolanas, sofreram um aumento de 14% como é o caso da farinha de trigo, que antes era 300 kwanzas (kz), e que hoje podemos encontrar 600 ou até 700 kz, o que tem dificultado a população.
Ainda na nossa caminhada até ao mercado do catinton, o nosso entrevistado Faustino de 52 anos de idade da província de Malange, que vende naquele recinto há 8 anos, disse que, a procura é de acordo às necessidades de cada um, independente do tempo, ‘‘todos os dias vendemos’’.
‘‘Avizinha-se o 25 de Dezembro, e o que não pode faltar numa ceia de natal é o cozido, e já é notório a procura de batata rena, bacalhau e cenoura’’, disse Faustino.
O operador de caixa em uma das lojas, Emanuel de Jesus, de 24 anos, disse estar feliz com as vendas pois terá o seu bônus no final do mês.
Já para Fineza Pedro, moradora do gamek, não está a ser fácil, pois com a subida dos preços, muitas familias correm o risco de não celebrar o natal.
‘‘Na minha humilde opinião, os preços não estão acessíveis para ninguém’’.
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