CONFLITO ENTRE EUA E VENEZUELA LONGE DE TERMINAR
Militares norte-americanos atacaram, na terça-feira, 2 de Setembro, uma embarcação no Caribe, próximo à Venezuela.

Um vídeo divulgado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mostra o momento da ofensiva, que resultou na morte de 11 pessoas. Segundo Washington, a embarcação transportava drogas.
Na véspera, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, declarara que o país entraria numa ‘‘luta armada’’ caso fosse alvo de agressão.
No dia 14 de Agosto, surgiram informações de que os Estados Unidos estariam a enviar tropas para a América Latina com o objectivo de combater cartéis de droga. A movimentação deu-se após Trump assinar, de forma secreta, uma ordem autorizando o Pentágono a usar força militar em países latino-americanos. A revelação foi feita pelo jornal norte-americano The New York Times.
A 19 de Agosto, a porta-voz do governo norte-americano, Karoline Leavitt, afirmou que Trump usaria "toda a força" contra o regime venezuelano. Na sequência dessas declarações, os EUA transferiram três navios de guerra para o sul do Caribe, próximos à costa da Venezuela, alegando combater ameaças de narcotráfico, avançou o New York Times.
A 28 de Agosto, Nicolás Maduro apareceu trajado com farda militar numa visita às tropas, no mesmo dia em que navios de guerra norte-americanos chegaram à região. Nessa ocasião, afirmou estar preparado para "defender a paz e a soberania nacional" contra o que chamou de "guerra psicológica" do governo Trump, acusando ainda a Colômbia de alinhar com os Estados Unidos na pressão contra Caracas.
No dia seguinte, 29 de Agosto, o governo venezuelano enviou uma carta à Organização das Nações Unidas, assinada por Maduro e endereçada ao secretário-geral António Guterres, pedindo que a ONU exija o cancelamento da operação naval norte-americana. O documento classificou a ofensiva como uma "ameaça gravíssima".
Já no dia 1 de Setembro, Maduro voltou a reiterar que a Venezuela entrará em ‘‘luta armada’’ caso seja atacada, acrescentando que oito embarcações militares dos Estados Unidos se encontram próximas do território venezuelano.