FÁTIMA JARDIM AFIRMA QUE POVOS AUTÓCTONES DEVEM OCUPAR UM LUGAR CENTRAL NAS POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A Secretária Executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Embaixadora Maria de Fátima Jardim, afirmou na cerimónia de abertura de alto nível da Reunião do Centro Global sobre os Sistemas Alimentares que, os povos autóctones devem ter um lugar central nas políticas de desenvolvimento sustentável, social e climático.

FÁTIMA JARDIM AFIRMA QUE POVOS AUTÓCTONES DEVEM OCUPAR UM LUGAR CENTRAL NAS POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Na sua intervenção, a Embaixadora Fátima Jardim afirmou que os povos autóctones devem ocupar um lugar central nas políticas de desenvolvimento sustentável, social e climático, tendo sublinhado a necessidade de criar programas específicos que assegurem a sua participação e promovam emprego inclusivo e produção sustentável.

Defendeu ainda que os direitos fundamentais dessas comunidades devem ser tratados como uma componente essencial da justiça social e climática, bem como da retribuição justa pelo papel que desempenham na preservação dos ecossistemas.

A Secretária Executiva da CPLP recordou que os povos autóctones são guardiões genéticos da diversidade biológica e cultural, com um papel essencial na criação de zonas de biosfera e na preservação das variedades tradicionais.

Referiu ainda que, através das suas práticas agrícolas, essas comunidades protegem as espécies locais, promovem a regeneração natural, o melhoramento genético e a valorização dos recursos biológicos, contribuindo decisivamente para a conservação da biodiversidade e para a adaptação às alterações climáticas.

A Embaixadora Secretária Executiva da CPLP, participou nesta segunda-feira, 13 de Outubro, em Roma, Itália, na cerimónia de abertura de alto nível da Reunião do Centro Global sobre os Sistemas Alimentares e de Conhecimento dos Povos Indígenas, em comemoração ao 80º aniversário da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

O acto, foi presidido pelo Diretor-Geral da FAO, Qu Dongyu, num espaço simbólico designado “Território dos Povos Indígenas”, instalado no Palácio da FAO, local apropriado para partilha de experiências, exposições culturais, demonstrações culinárias e debates técnicos sobre sistemas alimentares e saberes indígenas.

A cerimónia insere-se num conjunto de actividades organizadas pela FAO para assinalar oito décadas de ação global em prol da segurança alimentar e da agricultura sustentável.

O evento congregou a presença de representantes de alto nível de governos, organizações internacionais, comunidades indígenas, juventude e sociedade civil.