POLÍCIA SUL-AFRICANA DISPERSA ACTO ANTI-IMIGRAÇÃO

A polícia sul-africana, utilizou balas de borracha e gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes em Joanesburgo, depois de uma multidão ter ultrapassado a zona de segurança da Cimeira do G20.

POLÍCIA SUL-AFRICANA DISPERSA ACTO ANTI-IMIGRAÇÃO

Segundo informações, os membros da Operação Dudula, um grupo anti-imigração, afirmaram que queriam chamar a atenção internacional para os desafios locais, incluindo as elevadas taxas de criminalidade e de desemprego.

Segundo a líder do grupo, Zandile Dabula, as pessoas estavam irritadas e “cansadas da entrada de estrangeiros” no país, e que o Presidente Cyril Ramaphosa não estava a abordar a questão. 

“É por isso que estamos aqui hoje, porque queremos que ele fale sobre isso. Queremos que os Presidentes de outros países o aconselhem a fechar as suas fronteiras para que haja lei e ordem no seu país”, disse a lider Dabula.

Informações divulgadas, comtam também que, juntaram-se a eles, apoiantes do partido da oposição Mkhonto we'Sizwe (MK), cujo líder é o polémico ex-Presidente sul-africano Jacob Zuma. 

Os manifestantes não estavam satisfeitos com a área designada para o protesto, que ficava acerca de um quilómetro do Centro de Exposições Nasrec, em Joanesburgo, onde estavam reunidos líderes mundiais.

O grupo afirmou também que a distância tornava o seu protesto “sem sentido” e inaudível para os delegados internacionais. “Todos sabem que há Presidentes de diferentes países lá. Por isso, todos querem passar a mensagem. Mas se estamos aqui, quem vai ver a nossa mensagem?”, questionou Ayanda Ndlovu, uma das manifestantes.

Dois membros da Operação Dudula foram detidos. A polícia informou que foi aberto um processo por violência pública, agressão a um agente da polícia e incumprimento de uma ordem judicial contra o grupo. 

A economia mais desenvolvida de África atrai migrantes dos países vizinhos, como Zimbabwe, Moçambique e Lesotho, assim como de locais distantes como a Nigéria e a Etiópia.