BD CONFIRMA NOTIFICAÇÃO DO TC SOBRE PROVIDÊNCIA CAUTELAR INTERPOSTA POR MILITANTES
O secretário-geral do Bloco Democrático (BD), Mwata Sebastião, confirmou esta sexta-feira, 12, ser verdadeira a existência de uma providência cautelar interposta por alguns membros do partido, assegurando que a formação política já foi formalmente notificada pelo Tribunal Constitucional (TC).
O político explicou que, a notificação identifica como signatários da acção os militantes Laurindo David, Barnabé Sansão e Geraldo Maiende, não constando, até ao momento, o nome de França Bila, então mandatário da candidatura do presidente reeleito, entre os contestatários.
O dirigente revelou ainda que os subscritores da providência alegam “alguns actos praticados pela comissão organizadora da convenção”. Contudo, esclareceu que, apesar de a direcção do partido já ter sido notificada, ainda não teve acesso ao conteúdo integral do requerimento.
“Recebemos apenas a notificação”, considerou.
Em reacção a informações divulgadas pelo portal Angola 24 Horas, que apontam França Bila como integrante do grupo requerente, Mwata Sebastião sublinhou que o partido ainda não conhece o teor completo da providência cautelar.
Entretanto, segundo notícias avançadas pela Rádio Casimiro, um grupo de membros do Bloco Democrático, “supostamente liderado por França Bila, mandatário da candidatura do actual presidente do partido”, terá submetido ao Tribunal Constitucional uma providência cautelar com vista à anulação da última convenção.
As mesmas fontes indicam que a iniciativa terá sido subscrita por quatro militantes ligados ao actual presidente, alegando irregularidades na condução do conclave. Os detalhes jurídicos do processo permanecem sob reserva.
Acusações agravam crise interna
Paralelamente, de acordo com a Rádio Casimiro, outros sectores do partido acusam publicamente Filomeno Vieira Lopes e Nelson Pestana Bonavena de alegadamente apoiarem o grupo que avançou com a acção judicial, numa estratégia que, segundo críticos, visa desestabilizar o partido e criar condições para uma eventual aproximação à UNITA.
Fontes internas citadas pela mesma rádio afirmam que o clima de tensão se intensificou após aliados do actual presidente não terem conseguido eleger-se para os cargos de secretário-geral e vice-presidente durante a convenção, situação que terá desencadeado o actual movimento de contestação à nova direcção.
Entre militantes que rejeitam a providência cautelar, cresce o receio de que a crise interna possa ter consequências mais profundas para o futuro político do Bloco Democrático.
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