CIENTISTAS DESCOBREM CAUSA DE EPIDEMIA QUE MATOU BILHÕES DE ESTRELAS-DO-MAR

Cientistas descobriram a doença que exterminou bilhões de estrelas-do-mar na maior epidemia marinha já documentada na natureza, que começou há mais de uma década.

CIENTISTAS DESCOBREM CAUSA DE EPIDEMIA QUE MATOU BILHÕES DE ESTRELAS-DO-MAR

Cientistas descobriram a doença que exterminou bilhões de estrelas-do-mar na maior epidemia marinha já documentada na natureza, que começou há mais de uma década.

Uma doença fez com que uma espécie entrasse na lista de criticamente ameaçada de extinção.

Os pesquisadores conseguiram detectar que a causadora do problema foi uma cepa da bactéria Vibrio pectenicida, que desencadeia uma patologia grave que começa com lesões externas e mata as estrelas-do-mar ao "derreter" seus tecidos.

"Entender o que levou à perda da estrela-do-mar-girassol é um passo fundamental para a recuperação desta espécie e de todos os benefícios que os ecossistemas das florestas de algas marinhas proporcionam", afirmou o director de ciência oceânica da filial da The Nature Conservancy na Califórnia, Jono Wilson, em um comunicado à imprensa.

A epidemia que afectou mais de 20 espécies diferentes fez com que a estrela-do-mar-girassol que é capaz de desenvolver 24 braços e ficar do tamanho de um pneu de bicicleta entrasse na lista de espécies criticamente ameaçadas de extinção, já que 90% de seus animais morreram.

“Quando perdemos bilhões de estrelas-do-mar, isso realmente altera a dinâmica ecológica”, afirmou a primeira autora do estudo publicada nesta segunda-feira 4, e ecologista evolucionista do Instituto Hakai e da UBC, Melanie Prentice.

“Na ausência de estrelas-do-mar-girassol, as populações de ouriços-do-mar aumentam, o que significa a perda de florestas de algas marinhas, e isso tem amplas implicações para todas as outras espécies marinhas e para os humanos que dependem delas’’, disse a ecologista.

Os cientistas levaram quatro anos para identificar que o V. pectenicida foi o causador da epidemia, fazendo testes injectando o patógeno cultivado em estrelas-do-mar saudáveis e observando que elas tinham uma mortalidade rápida, assim como as espécies que estavam no mar.

A descoberta traz a possibilidade de aumentar a rede de pesquisadores que investirão esforços para desenvolver soluções para recuperar esses animais marinhos.