ANGOLA REAFIRMA COMPROMISSO COM EXPANSÃO ECONÓMICA DURANTE CONFERÊNCIA DA ONU

Representantes do país estiveram em Genebra, Suíça, na 16ª Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD16), onde Angola anunciou a pretensão de ligar as suas principais infra-estruturas com ferrovias, para facilitar o comércio dentro do país e com países vizinhos.

O ministro do comércio e indústria, Rui Miguês, em companhia do ministro dos transportes, Ricardo d’ Abreu e da embaixadora Ana Maria de Oliveira, representou Angola, durante a 16ª Conferência da ONU com tema "Moldar o futuro: impulsionar a transformação económica para um desenvolvimento equitativo, inclusivo e sustentável".

A agenda angolana consistiu em consolidar o processo de transformação económica, reduzir a dependência do petróleo e reforçar o papel das pequenas e médias empresas como motores da economia nacional.

O ministro dos transportes, Ricardo d’ Abreu, mencionou, durante a sua intervenção, já estar definido um plano de integração de grandes infra-estruturas, desde portos à caminhos-de-ferro, com vista a expansão do comércio com países vizinhos.

De acordo com o ministro, Angola pretende ampliar a ligação ferroviária aos países próximos, de igual modo ao corredor do Lobito, que já está em funcionamento e liga o sul da República Democrática do Congo e o noroeste da Zâmbia.

O representante realçou que com vista a concretização dos planos, o país ambiciona por investimentos privados, a fim de expandir o corredor do Lobito, que poderá futuramente ligar a costa do Atlântico ao índico, onde já se tem criada uma agência composta pelos três países envolvidos para facilitar o transporte, o movimento de mercadoria e a logística.

D’ Abreu acrescentou ainda que o Governo "vai lançar nas próximas semanas um concurso internacional para a concessão da infra-estrutura, que está ligada à ferrovia" onde se pretende promover a ideia de estender o corredor aos países vizinhos, como a Namíbia e a Zâmbia.

Por fim, o representante avançou que Angola vai participar, na próxima semana, num fórum, no Ruanda, para discutir como os países africanos “podem reduzir o défice de infra-estruturas, que actualmente limita a capacidade do comércio intra-africano e acarreta custos logísticos muito elevados em todo o continente”.

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