CRIANÇA COM DIABETES MORRE APÓS OS PAIS PRIORIZAREM ORAÇÃO EM DETRIMENTO DA MEDICAÇÃO

Elizabeth Struhs, uma menina de oito 8 anos, de Toowoomba, na Austrália, morreu de maneira trágica após os seus progenitores terem substituído o uso do medicamento convencional por orações.

CRIANÇA COM DIABETES MORRE APÓS OS PAIS PRIORIZAREM ORAÇÃO EM DETRIMENTO DA MEDICAÇÃO

Elizabeth foi diagnosticada com diabetes tipo 1 em 2019, após ser hospitalizada em coma diabético. Na época, os médicos informaram à família que a condição médica da criança exigia aplicações diárias de insulina, que tinha como função controlar o nível de glicose no sangue.

Após três anos de diagnósticos, Elizabeth começou a apresentar sintomas de hiperglicemia, como vómitos, cansaço extremo e até perda de consciência. Os pais da menina, por sua vez, juntamente com alguns membros do grupo religioso que pertenciam, optaram por substituir o tratamento convencional por orações e cantos.

De acordo com o “The New York Times, Elizabeth passou seis dias sem receber as injeções de insulina que haviam sido prescritas, o que resultou na sua morte.

Quase dois anos depois da morte de Elizabeth, um tribunal australiano condenou os pais, Jason e Kerrie Struhs, e mais doze membros do grupo religioso chamado “The Saints” por homicídio culposo. O motivo era claro, todos negaram a ela o acesso à insulina, medicamento essencial para a sua sobrevivência.

Durante o julgamento, que durou vários meses, os promotores apresentaram relatos de testemunhas que descreveram o sofrimento da criança nos seus últimos dias de vida. As testemunhas contaram que Elizabeth estava tão debilitada que precisava de ajuda para ir ao banheiro, apresentava incontinência urinária e mal conseguia falar.

Ainda no decurso do julgamento, uma revelação deixou todos chocados, de acordo com os membros do grupo religioso, “Elizabeth ressuscitaria após a morte”, por este motivo as autoridades só tomaram conhecimento da sua morte passadas 36 horas.

O pai da menina e líder do grupo religioso, Jason Struhs, declarou, enquanto decorria o julgamento, que havia feito um acordo com a filha, para interromper a insulina e manteve a crença de que ela voltaria à vida.

“Para vocês, parece que Deus falhou, mas eu sei que a Elizabeth está apenas a dormir e a verei novamente. Deus prometeu, e ela está curada”, disse durante o depoimento.

O juiz responsável pelo caso, Martins Burns, sublinhou que, embora tenha perdido a vida pela negligência dos pais, Elizabeth recebeu cuidados amorosos em muitos aspectos.

“Não há dúvidas de que ela era amada. No entanto, devido a uma crença singular no poder divino de cura, ela não teve acesso ao que certamente a manteria viva”, destacou o juiz.

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