EXCESSO DE PRISÃO PREVENTIVA REGISTA QUEDA  EM ANGOLA

O país registou uma redução significativa de casos de excesso de prisão preventiva entre Dezembro de 2024 e Julho de 2025, segundo dados apresentados esta quinta-feira, 4 de Setembro, durante a 22.ª Reunião da Comissão Ad Hoc para Análise do Excesso de Prisão Preventiva.

EXCESSO DE PRISÃO PREVENTIVA REGISTA QUEDA  EM ANGOLA

De acordo com a representante do Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ), juíza Josina Falcão, no referido período existiam 2.826 arguidos em excesso de prisão preventiva a nível nacional.

‘‘Fruto do trabalho realizado pela Comissão, foi possível colocar em liberdade 2.491 arguidos, dos quais 1.528 na fase judicial e 963 na fase de instrução preparatória’’, refere o documento.

‘‘No mesmo período, 147 arguidos foram condenados.’’

O relatório acrescenta ainda que, de Julho a Agosto de 2025, estavam identificados 188 arguidos em excesso de prisão preventiva, número que, após intervenção da Comissão, foi reduzido para 155 arguidos.

Nesse intervalo, 10 arguidos foram postos em liberdade, 20 condenados, enquanto os restantes aguardam julgamento e decisões sobre os habeas corpus interpostos.

Por seu turno, o subcomissário prisional Emílio Tomás Mendes informou que os serviços prisionais controlam, actualmente, cerca de 28.099 reclusos em todo o país, dos quais 14.639 encontram-se em prisão preventiva, 29 sob medidas de segurança e 13.431 já condenados.

A reunião foi presidida pelo venerando juiz conselheiro Daniel Modesto Geraldes, presidente da Câmara Criminal do Tribunal Supremo, e contou com a participação de representantes da Procuradoria-Geral da República (PGR), do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos (MINJUDH), da Provedoria de Justiça, do Ministério do Interior (MININT), bem como de juízes desembargadores presidentes dos Tribunais da Relação e juízes presidentes das comarcas, em formato presencial e remoto.

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