MINSA ANUNCIA INÍCIO DE TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS NO PAÍS

A Ministra da saúde, Sílvia Paula Valentim Lutucuta, anunciou o início de cirurgias de transplante de órgãos em Angola a partir do primeiro trimestre do próximo ano.

De acordo com a ministra, vários quadros angolanos estão a ser capacitados no exterior do país, para darem início as cirurgias. A governante destaca também que a lei está aprovada e já existem unidades sanitárias capacitadas, bem como parcerias de apoio definidas para a fase de arranque.

Sílvia Lutucuta fez saber que, até 2016, já serão feitos no país transplantes renais e de medula e esclarece que “o mais complexo não é a cirurgia, mas sim o seguimento dos doentes”.

Na sequência, a ministra anunciou a extinção dos serviços de junta médica em Portugal, até ao fim deste ano, devido aos avanços dos serviços de saúde no país. Lutucuta explica que, “em termos de pacientes em Portugal” não existem mais de quarentas doentes e que os que precisarem fazer um tratamento prolongado serão “transferidos para a África do Sul”.

Durante o seu discurso ministra sublinhou ainda os avanços na área da oftalmologia, com vários formados experientes em Espanha e noutros países. Contudo, Lutucuta reconhece os problemas na infraestrutura que o país acarreta e realça, portanto, que “o serviço é de qualidade, mas em termos de infraestrutura” o país ainda precisa melhorar.

O início das obras do novo Instituto Oftalmológico de Angola, está previsto para o próximo ano, na centralidade do Kilamba, adjacente ao hospital dos queimados.

A governante avançou igualmente que em 2026, Angola terá uma fábrica de medicamentos essenciais para combater as grandes endemias.

“Na estratégia de sua excelência Presidente João Lourenço, tem estado a fazer um apelo internacional e outros entes do sector privado para entrar e começar de facto a apoiar essas iniciativas, já temos por aí umas oito ou nove iniciativas de privados que já estão a dar passos importantes para implantar aqui a indústria farmacêutica. Acreditamos que no próximo ano já vamos ter o fabrico de medicamentos em angola, medicamentos essenciais para as principais doenças, medicamentos para o combate as grandes endemias, malária, tuberculose, VIH, hipertensão, diabetes e também para outras doenças como anemia falciforme”, explicou.

Os ganhos na área da saúde incluem similarmente o início dos tratamentos para a realização da fertilização “in vitro”. “Neste género de procedimento também vamos começar pelos menos complexos, para depois avançarmos com a fertilização ‘in vitro’. No primeiro trimestre do próximo ano vamos ter muitas inovações no sector da Saúde”, garantiu.

O sector da Saúde adiantou que o país teve muitos ganhos nos últimos anos, em especial na área de Recursos Humanos, através da realização de vários concursos públicos, “cujo resultado foi o enquadramento de mais de 33 mil profissionais”.

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