ENFERMEIRA ALERTA: ABORTO PODE COMPROMETER FERTILIDADE FEMININA

A enfermeira Ruth Inácio Cambota advertiu que qualquer tipo de aborto pode acarretar várias consequências, levando algumas mulheres a desenvolver problemas como colo uterino aberto ou inflamações em camadas do útero, afectando directamente a saúde reprodutiva.

ENFERMEIRA ALERTA: ABORTO PODE COMPROMETER FERTILIDADE FEMININA
Imagem: Esmeralda Gomes

Convidada a analisar a problemática do aborto,  uma prática cujos relatos são frequentes, Ruth Inácio Cambota esclareceu que existem diferentes tipos, com destaque para o aborto provocado, o espontâneo e a curetagem, esta última realizada sob orientação médica.

No caso específico do aborto provocado, explicou que ocorre quando a mulher opta por interromper a gravidez, diferentemente do espontâneo, em que a expulsão do feto ocorre de forma natural, sem intervenção externa.

A profissional de enfermagem apontou a condição financeira como uma das principais causas que levam algumas mulheres a provocar o aborto. Justificou que muitas se encontram em situação de desemprego ou são mães solteiras, o que as leva a tomar tal decisão.

“Há também mulheres com mais de 45 anos que, no período da menopausa, engravidam inesperadamente e acabam por recorrer ao aborto”, referiu.

A enfermeira acrescentou ainda o caso de mulheres com mais de sete filhos, que temem o julgamento social e, por isso, optam pela interrupção da gestação.

Ruth Inácio Cambota afirmou que todos os tipos de aborto acarretam consequências, “até o espontâneo”, pois, “há sempre restos placentários que podem permanecer no útero e provocar hemorragias no primeiro ou segundo trimestre, dependendo da forma como ocorreu”.

Segundo a especialista, as  mulheres que optam por interromper a gravidez podem vir a apresentar complicações no colo do útero e no endométrio. Essas alterações, por sua vez, podem dificultar futuras tentativas de engravidar.

Por fim, a enfermeira dirigiu uma recomendação especial aos adolescentes e jovens, apelando à prevenção.

 “Devem evitar essa prática, que nos casos mais graves pode mesmo levar à morte”.

Aos que não desejam ter filhos num dado momento, defende a adopção do planeamento familiar ou, em alternativa, a abstinência.