O DISCURSO DO LIDERADO

Minhas senhoras e meus senhores Digníssimos líderes aqui reunidos na Praça da Liderança Líderes que nos acompanham à distância pelos meios de comunicação

Nov 17, 2025 - 14:12

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Caros convidados, familiares e amigos daqueles que já partiram, e a todos os presentes, nacionais e internacionais: recebam a minha saudação mais calorosa, quase a ferver como o sangue de quem acredita no futuro.

Hoje, eu Leal Mundunde, escrevo um capítulo que, para mim, é histórico. Tomo a ousadia, aquela ousadia doce que só a gratidão permite, de erguer a voz diante desta imensa audiência para reconhecer as figuras que moldaram a minha caminhada enquanto liderado. Faço-o porque cada líder que me tocou merece a minha vénia eterna; afinal, quem reconhece o valor de quem o orienta já abriu meio caminho rumo ao progresso.

Sempre acreditei que os mestres não se aposentam da sabedoria, tal como os líderes não se retiram da sua própria luz. Eles são bibliotecas vivas: mesmo quando o tempo lhes fecha as portas da presença física, deixam janelas abertas por onde continuamos a beber lições, estratégias, coragem e aquela teimosia boa que move montanhas.

A minha trajectória está povoada de líderes, alguns conhecidos, outros anónimos na sua grandeza silenciosa. Homens e mulheres que inspiraram multidões ou mudaram discretamente a vida de poucos, mas que deixaram marcas profundas. Líderes que transformaram realidades, que criaram impacto onde outros apenas passaram, que semearam ideias, que corrigiram rotas, que mostraram, com gestos firmes, como se constrói dignidade, porque a liderança, meus caros, é isso: resiliência, entrega, paciência com o mundo e impaciência com a injustiça.

Minhas senhoras e meus senhores, permitam-me dizer isto com o coração na mão: cada um de vós está gravado em mim. As vossas lições são bússolas que não se desmagnetizam, são mapas que não se rasgam, são pontos cardeais que me orientam até nos dias nublados. Embora eu seja, acima de tudo, um liderado, muitas vezes chamado a liderar e quando isso acontece, recorro às vossas vozes, às que ouvi, às que li, às que senti. Tento replicar o melhor de vós, consciente de que liderar não é mandar, é servir; não é brilhar, é iluminar.

A minha gratidão é profunda. Procuro, todos os dias, honrar os vossos princípios e, ao mesmo tempo, deixar a minha própria pegada no chão da história, aquela pegada que diz: “aqui passou alguém que aprendeu com gigantes”.

Nesta senda, deixo a minha vénia, a todos os líderes, de todos os sectores, do nosso país e do mundo. A todos os que, com a sua visão, nos puxam para cima quando o estamos prestes afundar; a todos os que, mesmo cansados, continuam a semear futuro.

Sem citar nomes, os líderes que me inspiram ou que deixaram pegadas fundas na minha caminhada, vivem espalhados pelo continente que guarda o berço da humanidade, habitam no velho continente, estendem-se pelas Américas e renovam-se na Ásia. São vozes que atravessam oceanos e que, mesmo distantes, afinam o meu passo.

Espero continuar a beber da vossa sabedoria, dos vossos conselhos, dos vossos exemplos e de todos os princípios que nos fazem crescer, resistir e, acima de tudo, manter acesa a chama do humanismo, porque um líder verdadeiro não forma seguidores; forma outros líderes e, eu, sou fruto disso.

Que este discurso seja mais do que palavras: que seja agradecimento, compromisso e convite para continuarmos juntos nesta viagem que é liderar e ser liderado, uma viagem onde o destino é sempre a construção de uma sociedade mais justa, mais consciente e mais humana.

Minhas senhoras e meus senhores,

Meus líderes de todas as latitudes e longitudes, os que caminham ao meu lado e os que me orientam mesmo à distância, permitam-me fechar este momento com a franqueza de quem sabe que a gratidão não se reduz a palavras, mas hoje veste-se delas.

A cada líder que me moldou, consciente ou inadvertidamente, deixo um agradecimento que não cabe no peito. Mestres, foram bússolas quando a estrada se confundia com labirinto, foram abrigo quando o mundo parecia demasiado ruidoso, foram espelho quando precisei de me reencontrar. Continuarei a honrar cada ensinamento que me deixaram, porque quem aprende com gigantes não tem o direito de caminhar pequeno.

Que a vossa chama nunca se extinga. Que a vossa coragem continue a incendiar consciências. Que a vossa visão permaneça a desafiar horizontes, porque uma sociedade só avança quando as lideranças se recusam a caminhar para trás.

Aos líderes: o meu respeito.

Aos vossos legados: a minha eterna vénia.