DO HIDROGÉNIO VERDE À INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: SEIS TECNOLOGIAS QUE IMPULSIONAM AS ENERGIAS LIMPAS
Com investimentos globais a rondar os impressionantes 2 biliões de dólares, a transição energética rumo a um modelo de baixo carbono ganha um novo fôlego.

Segundo estudos realizados por especialistas internacionais, a mudança nos sistemas de produção e consumo energético já representa 30% da geração total de electricidade a nível mundial.
De acordo com a média internacional, o sector das energias renováveis encontra-se em franco desenvolvimento, num ritmo sem precedentes, impulsionado por inovações tecnológicas disruptivas.
No entanto, engana-se quem julga que os países estão a investir em fontes limpas apenas por uma questão ambiental. A aposta em energias renováveis tem como principal vector estratégico o reforço da segurança energética e a construção de economias mais resilientes, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis, cada vez mais obsoletos.
Desde 2009, quando os materiais de perovskita foram aplicados pela primeira vez em células solares, a energia solar tem vindo a ser revolucionada. A eficiência destes dispositivos saltou de uns modestos 3% para uns actuais 25%, superando largamente os tradicionais painéis de silício.
No campo da energia eólica, destacam-se as turbinas de eixo vertical (VAWTs, na sigla inglesa), especialmente indicadas para ambientes urbanos e situações com ventos assimétricos, por captarem energia de qualquer direcção.
Outro avanço notável reside na substituição progressiva das imponentes estruturas de aço por torres de madeira, mais leves, eficientes e sustentáveis, tornando a energia eólica ainda mais fiável e justificada sob o ponto de vista ecológico.
A revolução energética está em marcha e não se limita ao vento, ao sol ou ao hidrogénio verde. A inteligência artificial, aliada à digitalização de redes, ao armazenamento avançado de energia e à descentralização da produção, compõe o futuro próximo de uma matriz energética verdadeiramente limpa, inteligente e justa.