MUNÍCIPES DO BAILUNDO DESTACAM AVANÇOS NOS 123 ANOS DA VILA

Os munícipes do Bailundo mostraram-se unânimes ao traçarem comparações entre o passado e o presente da vila, não escondendo o orgulho de pertencerem a esta terra, localizada na província do Huambo, que assinala 123 anos desde a sua elevação à categoria de vila.

MUNÍCIPES DO BAILUNDO DESTACAM AVANÇOS NOS 123 ANOS DA VILA

Durante o acto central das celebrações, o administrador municipal, Celestino Tchikela Piedade, apelou à harmonia social e ao trabalho colectivo, sublinhando que o desenvolvimento local exige união de esforços e espírito de inclusão.

As festividades foram animadas por momentos culturais, com a presença de músicos locais e de outras províncias, dando brilho à celebração. A realização da feira municipal foi um dos pontos altos do evento, onde estiveram em destaque a gastronomia tradicional, artesanato e manifestações culturais da região.

A efeméride contou igualmente com a presença de representantes de outros municípios, como Chinguar, Sambo, entre outras localidades, que se juntaram à antiga Vila Teixeira da Silva, actual Bailundo, numa demonstração de união regional.

“Como munícipe, sinto-me grato ao ver os avanços reflectidos nas festividades deste ano aqui no Bailundo”, declarou Tito Canjomboloca, cidadão local que reconhece progressos em diversos sectores da província.

Sob o lema “A influência do Bailundo na promoção da cultura Ovimbundu no contexto nacional e internacional”, as comemorações pretenderam reforçar o papel do município como bastião da identidade cultural Ovimbundu.

Segundo a memória histórica, foi a 16 de Julho de 1902 que o então dirigente colonial português, Teixeira da Silva, elevou o Bailundo à categoria de vila municipal, facto que se mantém como marco simbólico para os seus habitantes.

Além das actividades culturais, as celebrações integraram um fórum temático, realizado no passado dia 14, onde o administrador Celestino Piedade apresentou o discurso intitulado “As Sete Feridas que Precisam Ser Saradas”,  uma reflexão sobre os entraves ao progresso local.

“É bom termos orgulho de sermos do Bailundo. O que é mau é pensar que esse orgulho pertence apenas a quem nasceu aqui. Dizer que só pode mandar, construir ou contribuir quem nasceu no Bailundo, é um erro que trava o nosso desenvolvimento”, afirmou o responsável, num apelo à inclusão e à visão colectiva.

Para o político, o verdadeiro espírito do Bailundo reside na hospitalidade, na união e no compromisso com o progresso, valores que devem guiar todos os que nela vivem, independentemente da sua origem.

SAIBA MAIS EM:PROGRAMA DAS FESTIVIDADES DO BAILUNDO