FALTA DE VIAS ALTERNATIVAS DIFICULTA MOBILIDADE RODOVIÁRIA EM LUANDA

O especialista em Ciências Criminais, Albano Candeia, defende que a ausência de sinalização nas estradas, o mau estado das vias de acesso e, sobretudo, a inexistência de vias alternativas, dificultam consideravelmente a mobilidade rodoviária em Luanda.

FALTA DE VIAS ALTERNATIVAS DIFICULTA MOBILIDADE RODOVIÁRIA EM LUANDA
Imagem: Angelino Katchama

Albano Candeia sublinha que a sinalização é crucial, pois influencia de forma decisiva a fluidez do tráfego e ajuda a evitar colisões entre viaturas.

Segundo o criminólogo, os agentes reguladores de trânsito desempenham um papel determinante no êxito ou fracasso da mobilidade urbana, contribuindo também para a redução da sinistralidade nas estradas.

No exercício das suas funções, os agentes devem cumprir a lei e fazer com que os demais cidadãos cumpram de igual modo. “Na via pública, o agente facilita o trânsito quando está devidamente posicionado. Porém, se desempenhar mal a sua função, também teremos consequências”alertou.

Falta de vias alternativas

As vias alternativas, segundo Albano Candeia, contribuem de forma expressiva para a diminuição da concentração de viaturas nas principais artérias da cidade.

“Infelizmente, o mau estado das estradas continua a ser um dilema em Luanda. É uma das principais causas de mortes. Este é um problema que devemos enfrentar conjuntamente com o Governo, pois a via pública é o elemento-chave para garantir uma condução eficaz”, afirmou.

O especialista reconhece que há estradas em boas condições na capital, mas salienta que ainda existem avenidas que carecem de intervenção urgente, sob pena de se agravarem os danos estruturais.

Masificação da informação sobre o Código da Estrada

Sobre o cumprimento do Código da Estrada, Albano Candeia considera urgente a divulgação massiva das normas, sobretudo nas zonas com maior concentração populacional, uma prática já iniciada pela Polícia Nacional.

Questionado quanto ao desempenho dos agentes de trânsito na via pública, respondeu que, de forma geral, têm contribuído positivamente para a aplicação das normas.

“Contribuem de diversas formas: fiscalizam os documentos, verificam o estado das viaturas e interpelam os automobilistas”, acrescentou.

O especialista garantiu ainda que, embora existam vários transportes públicos em Luanda, a falta de manutenção impede o seu funcionamento regular.

“Pode-se adquirir muitos autocarros, mas se não houver manutenção, naturalmente acabarão todos estacionados. A ausência de manutenção é a principal causa da escassez de transportes nas vias principais e terciárias”, afirmou.

Por fim, deixou um apelou, para que os veículos estejam em boas condições, é necessário ter vontade. “Deve-se cultivar o hábito de manter os nossos meios em bom estado, para garantir a sua durabilidade”, acresceu.