ADAILTON NZINGA IDENTIFICA DOIS TIPOS DE ACTIVISTAS NO PAÍS
Adailton Nzinga categoriza a existência de dois tipos de activistas em Angola e afirma que os cidadãos que se dedicam ao activismo enfrentam inúmeros desafios, incluindo represálias e agressões físicas.

Em declarações ao Ponto de Situação, reconheceu que “não tem sido fácil” a causa que abraçou, justificando que, ao longo dos anos em que se tem dedicado ao activismo, sofreu diversas formas de intimidação, incluindo chamadas telefónicas com o intuito de o dissuadir da sua luta.
Para Nzinga, em Angola coexistem “activistas e ca-activistas”.
Questionado sobre o significado da expressão, explicou que os primeiros são activos, mobilizam e realizam acções de interesse público com o objectivo de despertar a sociedade para os seus direitos.
“Nós, activistas, defendemos a igualdade de direitos humanos e a valorização da dignidade humana”, afirmou.
Já os que classifica como “ca-activistas” são, segundo o interlocutor, indivíduos que aparentam estar comprometidos com uma causa colectiva, mas, na verdade, escondem interesses particulares que contradizem o bem comum.
No entender do jovem que há vários anos se dedica à defesa dos direitos humanos, ser activista em Angola “é declarar a sua própria sentença de morte”.
Segundo Nzinga, os activistas organizam frequentemente manifestações com o propósito de despertar a consciência social sobre o estado do país, uma missão que descreve como difícil e arriscada.
“Sofremos perseguições constantes, e a própria família também acaba por ser afectada”, denunciou.
Apesar dos riscos, Adailton Nzinga garante que continuará firme no seu propósito.
“De alguma forma, tenho contribuído para despertar os cidadãos, para que saibam”, Angola real, declarou, reafirmando o seu compromisso com a construção de uma Angola melhor.