CEAST ANUNCIA CONGRESSO NACIONAL DA RECONCILIAÇÃO COM PRESENÇA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, vai participar em Novembro no Congresso Nacional da Reconciliação, anunciou o presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Dom José Manuel Imbamba.

O prelado falava à imprensa no final de uma audiência com o Chefe de Estado, durante a qual foi formalizado o convite no quadro das comemorações dos 50 anos da independência de Angola, assinala-se em 11 de Novembro.
Segundo Dom José Manuel Imbamba, para a Igreja este é o momento de os angolanos adoptarem “outra visão, outras ideias, outra maneira de abordar a política e de encarar a sociedade e o cidadão”.
“Viemos apresentar o programa que temos para este congresso e ficamos satisfeitos pela disponibilidade de Sua Excelência o Presidente da República em participar. Esperamos que seja efectivamente o congresso da reconciliação”, afirmou o bispo de Saurimo.
Para a Igreja, sublinhou, a reconciliação é “a peça fundamental”, pois a independência deve significar bem-estar integral, emocional, psicológico, físico, social, cultural e cívico. “Este processo deve ser construído em união por todos os angolanos, sem exclusão, sem rotulações”, disse.
O líder católico alertou para a necessidade de ultrapassar a política de militância e divisão.
“É preciso apostarmos na política da cidadania, porque é esta Angola que nós queremos. Basta de vivermos sempre de um passado inglório. Precisamos de fazer um exorcismo nacional, um exorcismo das consciências e dos políticos, para que a linguagem política seja incentivadora do bem, da alegria e da resolução dos problemas mais prementes do cidadão”, frisou.
O congresso, inicialmente previsto para o final de Outubro, foi adiado para a primeira semana de Novembro, de acordo com a agenda presidencial. O evento deverá reunir cerca de 500 participantes e será aberto a todos os cidadãos e forças vivas da sociedade.
“Estamos a carregar muitas feridas que não nos permitem ter uma linguagem de irmandade e de fraternidade, virada para o bem comum e para o compromisso com Angola. Se continuarmos a viver nesta tendência de grupos fechados e partidários, o país não vai conseguir construir a nação que todos desejamos”, alertou Dom José Manuel Imbamba.