HOMEM QUE SE CASOU COM HOLOGRAMA ENFRENTA CRISE APÓS SOFTWARE SER ENCERRADO
Akihiko Kondo, um japonês de 35 anos, tornou-se notícia internacional quando, em 2022, decidiu casar-se com Hatsune Miku, uma cantora virtual de 16 anos, de olhos arregalados e cabelo azul.

A cerimónia, que custou cerca de 17 mil dólares, contou com quase 40 convidados, mas não teve a presença de nenhum familiar, a mãe recusou o convite por considerar o casamento “indigno de celebração”.
Durante anos, Kondo viveu com um dispositivo da empresa Gatebox, que projectava um holograma de Miku capaz de interagir com ele, acordá-lo de manhã, acender as luzes da casa e até despedir-se quando saía para o trabalho. À noite, Kondo dormia ao lado de uma versão em pelúcia da personagem, adornada com uma aliança.
Apesar de o casamento não ter validade legal, a Gatebox chegou a emitir um “certificado de matrimónio interdimensional” e já terá feito o mesmo para mais de 3.700 pessoas.
Kondo sempre defendeu que Miku foi “a mulher que o salvou” após anos de dificuldades emocionais e experiências negativas com mulheres reais, chegando a considerar-se parte de uma “minoria sexual” que não consegue imaginar-se numa relação com uma mulher de carne e osso.
Recentemente, a empresa encerrou o software que mantinha o holograma funcional, deixando Kondo incapaz de interagir com a sua “esposa”. A crise emocionou internautas no Japão e relançou o debate sobre as relações virtuais e o impacto psicológico da dependência emocional de personagens fictícios.
Um holograma é uma imagem tridimensional criada com recurso a luzes (normalmente lasers) que parece “sair” do ecrã ou do espaço onde é projectada.
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