TRABALHO INFANTIL COMPROMETE FUTURO DE MENORES EM LUANDA
Adolescentes com idades entre os 10 e os 13 anos afirmam que trabalham para sobreviver, atitude que muitos citadinos em Luanda reprovam.

Para Olga António, de 39 anos, que trabalha como doméstica há sete anos, concretamente na zona do Golf 2, o trabalho infantil é negativo, por ser uma prática forçada para os menores e ter grandes consequências no desenvolvimento físico e psicológico das crianças.
Segundo Olga, a falta de diálogo entre pais e filhos é um dos motivos do trabalho infantil, e justifica que “os filhos com menos idade simplesmente precisam de mais atenção dos pais, para não começarem a trabalhar tão cedo”.
No entender da entrevistada, “existem mães que obrigam os filhos a trabalhar”devido às necessidades da vida. A mesma condenou a acção e recomendou a formação para os menores.
Motivos da fuga à paternidade
Vivaldo Bengui, vigilante de profissão há vários anos, em Luanda, na zona do Rocha Padaria, numa empresa de segurança, desaprovou o trabalho infantil e considera a fuga à paternidade como um dos principais motivos do trabalho infantil em Angola, particularmente em Luanda.
Mauro, menino de 12 anos, residente no município da Maianga, que se dedica à recolha de resíduos sólidos com os seus amigos, conta que faz este trabalho com o intuito de ajudar em casa.
«Não gosto do trabalho que faço», disse o menor João, que também faz do trabalho infantil o seu ganha-pão.
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